Felizmente vivemos numa democracia, numa sociedade livre e aberta e por isso não compete aos governos nem aos orgãos de soberania decidir quando é ou não oportuno discutir um qualquer assunto político ou da governação. Tal acontece, isso sim, nos regimes ditatoriais e totalitários. Numa democracia liberal e não estando decretado qualquer estado de excepção, os cidadãos são, nos limites da lei, donos e senhores das suas iniciativas, podendo, em função disso, decidir, a cada momento, o que muito bem acharem pertinente debater e discutir no espaço público. Inclusivamente, enviar propostas para debate pelos seus representantes eleitos. Se o governo não considera algum desses debates ou alguma dessas propostas oportunas a sua opinião poderá - e será - por certo relevante, mas não passará de isso mesmo: uma opinião com o peso específico que lhe é atribuído por ter origem no executivo. Será que este primeiro-ministro e o seu governo são capazes de entender este simples princípio?
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