Manuela Ferreira Leite tem a coragem de,
indo contra a corrente, dizer o óbvio em defesa de um país civilizado. Para manter o Estado Social, o que não
exclui este se racionalize e se reforme, como bem o tentou fazer o primeiro
governo de José Sócrates, é bem mais justo e menos recessivo aumentar, se
necessário, os impostos directos - universais e progressivos - do que cortar
nas pensões e nos salários dos funcionários públicos ou aumentar acima do razoável o preço dos serviços públicos, verdadeiros impostos, já
muito pouco escondidos, que incidem sobre grupos profissionais ou sociais
específicos - e sobre os mais pobres. António José Seguro e o PS, se e quando forem governo, vão ter que
tomar uma decisão e era bom que, cálculos eleitorais à parte, o dissessem desde
já claramente. Aliás João Galamba, deputado do PS, já o fez, e muito bem, aqui
há algum tempo, salvo erro no “Sem Moderação”. Esta afirmação de Ferreira Leite vem também demonstrar mais uma vez a crise da social-democracia e provar que continua a vir do centro-direita social-cristão (Ferreira Leite, Bagão Félix, etc) a oposição mais consequente a este governo. Haja alguém!
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