A vida tem destas coisas. Foi através de Alain Resnais que cheguei a Marguerite Duras, Robbe-Grillet e ao "nouveau roman". Ainda mais curioso porque, apesar disso, o único filme de Resnais com guião de algum dos nomes do "nouveau roman" que vi antes de ler algum desses autores foi "L'Anné Dernière à Marienbad", num qualquer ciclo de cinema - talvez da Casa da Imprensa - antes da 25 de Abril. Mas foi saber da existência do "Hiroshima Mon Amour" filme (só estreou em Portugal depois da revolução, tal como o documentário "Nuit et Brouillard") que me fez procurar, encontrar e ler respectivo o guião e também partir para "Moderato Cantabile" - que, aliás, havia pela casa paterna. E fui por aí fora, até mesmo "No Fundo Deste Canal", de Alfredo Margarido, cultor português do género. Depois foi também um corropio de filmes de Resnais até "Coeurs", o último que vi. Uns melhores, outros menos conseguidos, certamente. Uns que me atraíram mais ("Je T'Aime, Je T'Aime") e outros menos ("Smoking - No Smoking"). Mas espero que alguém não se esqueça de repor por aí num qualquer cinema "On Cônnait La Chanson", a sua homenagem a Dennis Potter, outro nome "muito cá de casa". Fica o desafio, mas face ao cinema que hoje vemos por aí, quem ligaria a Alain Resnais?
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