No tempo da ditadura os funcionários públicos eram obrigados a assinar um documento declarando que "não professavam ideias contrárias à existência de Portugal como Estado independente" (o "patuá" era mais ou menos este). Na linguagem criptografada da época queria isto dizer que não pertenciam ao Partido Comunista Português, organização então clandestina. Lembrei-me disto a propósito desta conversa cretina sobre a maçonaria, como se numa democracia alguém pudesse ser obrigado a declarar pertencer ao que quer que seja, desde que legal. Mais, que tal direito, pois de um direito se trata, pudesse ainda ser questionado. País de tristes, mesmo.
O pior é que muita gente, alguma que considero, caíu na esparrela e veio a correr, e publicamente, afirmar pertencer ou não pertencer a tal coisa, caucionando assim a mentalidade inquisitorial que parece querer instalar-se. Pois de mim fiquem todos a saber o que já sabem: sou do "Glorioso", e por aqui me fico. E nem mais uma palavra sobre outras quaisquer pertenças...
2 comentários:
Assino por baixo, caro JC!
Thanks, caro amigo Rato.
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