Sabendo como funcionam os mercados com uma estrutura oligopolista do lado da oferta e em que cada transação movimenta milhões (como o são, por exemplo, o mercado de algum equipamento militar, mas também dos grandes aviões comerciais - para só citar alguns), muitas vezes correspondendo a efectivação ou não de apenas um negócio à viabilidade ou falência de uma empresa ou “cluster”, devo dizer que o que menos me preocupa no caso do negócio dos submarinos ou da compra de outro equipamento militar pelo governo português é a existência ou não de alegada corrupção. Pois que se investigue, se alguém disso for capaz com custos proporcionais (a investigação custa dinheiro) à sua mínima hipótese de sucesso. E ponto final.
Tendo dito isto, o que me preocupa, fundamentalmente, e constitui a questão-chave deste negócio, é saber como o Estado e os governos gerem o dinheiro dos contribuintes, o que se traduz, neste caso, por conhecer, ponto por ponto, o racional, a lógica que presidiu e está na base de se terem investido cerca de mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes em dois submarinos destinados à Marinha de Guerra portuguesa. Repare-se que não questiono a sua necessidade (percebo pouco ou nada de questões de defesa nacional), muito menos ponho em causa a obrigatoriedade ou interesse do país em cumprir com as suas obrigações militares nas estruturas onde se integra. Mas tendo em atenção que os recursos são sempre escassos (e neste momento escassíssimos) e qualquer decisão de investimento tem sempre na sua base uma grelha de opções, com prioridades associadas - ou seja, investir em dois submarinos significa deixar de investir em outras áreas, civis ou militares – seria indispensável, para avaliar da sua bondade, fosse do conhecimento dos portugueses em que elementos (de natureza económica e militar) baseou o governo de então essa sua decisão e que razões levaram os governos seguintes a mantê-la. Ou seja, como uma decisão deste tipo não será com certeza baseada em questões subjectivas e do tipo “acho que ou penso que”, que se tornassem públicos os relatórios e os ministros da defesa dos vários governos justificassem as suas opções. Sendo todos nós – contribuintes – os accionistas das forças armadas, convenhamos que seria o mínimo a que deveríamos ter direito para confiar nos gestores que elegemos.
Tendo dito isto, o que me preocupa, fundamentalmente, e constitui a questão-chave deste negócio, é saber como o Estado e os governos gerem o dinheiro dos contribuintes, o que se traduz, neste caso, por conhecer, ponto por ponto, o racional, a lógica que presidiu e está na base de se terem investido cerca de mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes em dois submarinos destinados à Marinha de Guerra portuguesa. Repare-se que não questiono a sua necessidade (percebo pouco ou nada de questões de defesa nacional), muito menos ponho em causa a obrigatoriedade ou interesse do país em cumprir com as suas obrigações militares nas estruturas onde se integra. Mas tendo em atenção que os recursos são sempre escassos (e neste momento escassíssimos) e qualquer decisão de investimento tem sempre na sua base uma grelha de opções, com prioridades associadas - ou seja, investir em dois submarinos significa deixar de investir em outras áreas, civis ou militares – seria indispensável, para avaliar da sua bondade, fosse do conhecimento dos portugueses em que elementos (de natureza económica e militar) baseou o governo de então essa sua decisão e que razões levaram os governos seguintes a mantê-la. Ou seja, como uma decisão deste tipo não será com certeza baseada em questões subjectivas e do tipo “acho que ou penso que”, que se tornassem públicos os relatórios e os ministros da defesa dos vários governos justificassem as suas opções. Sendo todos nós – contribuintes – os accionistas das forças armadas, convenhamos que seria o mínimo a que deveríamos ter direito para confiar nos gestores que elegemos.
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