Curioso na discussão que se tem gerado nos “media”, com especial incidência na "blogosfera", sobre os casos de pedofilia que envolvem a igreja católica é o facto de as suas duas vanguardas ideológicas opostas (vamos chamar-lhes assim) tenderem a ser constituídas fundamentalmente por não crentes: de um lado, a esquerda laica mais radical, muito polarizada em torno do “Bloco de Esquerda”, e, do outro, a direita ultra-liberal, ex-estalinista, neo-fascinada por Ratzinger e, na era de e pós W. Bush, pelo papel das religiões - neste último caso, o artigo de José Manuel Fernandes no “Público” de 6ª feira constitui peça relevante. Nada que possa constituir objecto de estranheza: estes são os sectores (ambos emergentes) que mais têm animado e quase monopolizado o combate político e ideológico nos últimos anos, encontrando aqui apenas mais um pretexto e um novo campo de batalha.
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