Já perguntei uma vez aqui no “blogue” o que faltaria a Ruben Amorim para merecer uma convocação para a selecção nacional. A razão é bem simples. Sendo normalmente convocado para as selecções sub-21 e sub-23 – não sendo, portanto, um jogador sem escola e sem “percurso” - adaptou-se bem a um clube grande, mostrando-se mentalmente forte, e, não sendo um jogador “vistoso”, realizou duas épocas a um nível bastante elevado (principalmente esta última), tanto internamente como, o que é bem mais importante, na Liga Europa. Acresce que Ruben Amorim é aquilo que se chama um jogador polivalente, podendo integrar a equipa, sem notórias perdas de rendimento, tanto no lugar de defesa – direito (permitindo, por exemplo, o desvio de Paulo Ferreira para o lado esquerdo), como no de “pivot” defensivo num sistema de “duplo pivot” (sei que a selecção, jogando em 4x3x3, não adopta este sistema, por princípio, mas pode ter de o fazer durante o jogo) ou médio – ala direito num 4x4x2 alternativo, com Liedson e Cristiano na frente, por exemplo. São estas, pois, as razões da minha estranheza.
Pode Queiroz vir ainda a emendar a mão? Não sei, mas se o fizer poderá estar a cometer um outro erro para corrigir o primeiro: não sendo a fase final de um Mundial propriamente um passeio no campo e, portanto, sendo a experiência internacional e de selecção um dos dois activos mais importantes para determinar quem são os seleccionáveis (o outro serão as prestações técnico - tácticas na última época, claro), não sou grande adepto de convocatórias de estreantes nestas ocasiões. Veremos o que faz Queiroz...
Pode Queiroz vir ainda a emendar a mão? Não sei, mas se o fizer poderá estar a cometer um outro erro para corrigir o primeiro: não sendo a fase final de um Mundial propriamente um passeio no campo e, portanto, sendo a experiência internacional e de selecção um dos dois activos mais importantes para determinar quem são os seleccionáveis (o outro serão as prestações técnico - tácticas na última época, claro), não sou grande adepto de convocatórias de estreantes nestas ocasiões. Veremos o que faz Queiroz...
8 comentários:
JC,
Por de vez em quando os nossos seleccionadores chamarem à selecção jogadores que não conseguem ser titulares nas equipas de origem e por vezes ,serem nitidos suplentes, isso não quer dizer que todos os jogadores nessa situação terão que obrigatoriamente ser seleccionados.
Ruben Amorim não é propriamente um suplente e, penso, explicitei bem as razões que justificariam uma convocatória.
Já teria sido convocassse se jogasse num clube mediano de Itália ou de Espanha
O Gonçalo Brandão não joga no Siena (que joga para não descer em Itália) e foi convocado há menos de 1 ano
errata
convocado e não convocassse
Para um defesa, jogar num clube mediano de um campeonato competitivo e, assim, ter de defrontar sistematicamente grandes equipas, pode ser um ponto positivo. No entanto, não me parece Gonçalo Brandão seja seleccionável (como se provou), embora, tendo em atenção os problemas gerados pela ausência de um defesa-esquerdo, tenha entendido as razões da sua convocatória.
Cumprimentos
Scolari
Também convocou Bruno Vale (na altura 3.º GR do PORTO).
Rubem Amorim corre o risco de ao jogar em diversas posições (sei que tem aquela história da ploivalencia) não se afirmar indiscutivelmente em nenhuma delas.
E mesmo os slb's o reconhecem como o 12.º jogador da equipa, numa posição (ou em várias) pouco importantes e preenchidas.
Sim, Scolari tb convocou Bruno Vale... Sabemos porquê (não vale a pena tornar a focar o assunto quando não lá voltamos aos 5 violinos...) e Scolari tb não fez tudo bem feito. E, além de tudo mais, numa fase final de um Europeu ou Mundial o 3º GR tem 99% de probabilidades de nunca jogar. Voltando a Ruben Amorim: em 23 não precisa de ser indiscutível e, apesar disso, no SLB tem substituído c/ sucesso um jogador que, quase de certeza, irá integrar os 23 do Brasil. Chega?
JC,
Isto é como o assunto dos juristas e dos pareceres...Sabe quem já fez parte dos 23 do Brasil e foi campeão do Mundo...Polga
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