Ponto prévio: não tenho qualquer simpatia pela figura e personalidade de Duarte Lima. Mais, é alguém que, pelos seus carácter e percurso, me é particularmente antipático. Desde sempre. Mas quer-me parecer que a decisão do juiz Carlos Alexandre pela sua prisão preventiva terá bem mais a ver com o crime de homicídio, por provar, pelo qual é acusado no Brasil do que com aqueles, alegados, que levaram à sua constituição como arguido em Portugal. No fundo, uma "pequena" habilidade lamentável, que não honra a justiça portuguesa, para ultrapassar a impossibilidade constitucional da sua extradição.
2 comentários:
Caro JC
Partilho os mesmos sentimentos em relação à figura (sinistra) em causa.
Estou em desacordo quanto à sua opinião sobre a decisão do juiz.
Mas esta gentalha julga-se acima da lei e imune à aplicação da mesma.
Como está na moda dizer, creio que a justiça funcionou...por agora. Veremos os próximos capitulos.
Ao que consta ele até já sabia que ia ser preso.
Já agora, em geito de conclusão, ouvir os advogados de defesa nas declarações à comunicação social é de "soltar gargalhadas".
Cumprimentos
A justiça funcionou? Sim, mas funcionou mal. Tanto quanto sei, não vejo razão para prisão preventiva. Perigo de fuga? Para onde? Bastava tirar-lhe o passaporte: sem ele só poderia ir para países onde vale o pedido de extradição: chegava a Badajoz e era extraditado p/ o Brasil. Perturbação do inquérito? Este durava há 2 anos 2. Estamos perante a antítese do caso Isaltino: foi condenado, aparentemente a setença transitou em julgado e, mesmo assim, continua sem cumprir pena. Não se entende. De louvar, sim, o modo justo e civilizado como a justiça portuguesa actuou no caso George Wright.
Já agora: é provável que "esta gente" se sinta acima da lei. Mas tal acontece exactamente por decisões atribiliárias da Justiça, como agora esta s/ Duarte Lima: pensam podem sempre arranjar forma de escapar. Se as decisões forem justas e sempre de acordo com a lei, já se sentirão menos à vontade.
Cumprimentos
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