Por muito que existam razões ideológicas de fundo - e outras - que me distanciem do actual governo - e existem em número suficiente -, existe uma, essencial e inultrapassável, que me separa de concordar com manifestações de militares, por muita razão que lhes possa assistir: a defesa da democracia e do Estado de Direito, para mim incompatível com tal tipo de acções. Encolher os ombros e condescender perante manifestações da militares contra ou a favor de qualquer governo legítimo e democraticamente sufragado, por muito que possamos simpatizar ou antipatizar com os visados nessas suas acções, constitui pois, em minha opinião, o primeiro passo para capitular perante o desrespeito e a subversão das mais elementares regras que definem o Estado de Direito Democrático e ter deste uma concepção puramente instrumental. É passo que não dou e barreira que não transponho.
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