quarta-feira, novembro 16, 2011

Duque, Fernandes e Torres

Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso será de opinião que uma das incumbências principais do serviço público de televisão, numa democracia, deveria ser fomentar e dignificar o debate de ideias na sociedade, sejam elas no campo político ou em qualquer outra área da actividade dos cidadãos. Mas principalmente na política, que, no fundo, sobreleva todas as outras. Ao pretender banir esse debate do serviço público de televisão, a nível nacional, e ao querer transformar informação em propaganda nos canais internacionais, os proponentes de um tal Grupo de Trabalho para a Comunicação Social mais não fazem do que serem coniventes com o "ovo da serpente" totalitário que amaldiçoa a divergência a sobrevaloriza o consenso, agindo como catalisadores dos que atribuem à política e aos políticos a responsabilidade de todos os males do mundo. Nada de espantar, já que parece estar "au gôut du jour" se considerarmos o desrespeito pelo voto popular na formação dos diversos governos europeus ditos "tecnocráticos". Nenhuma surpresa, se nos lembrarmos que Fernandes e Torres são originários da área ideológica mais do radical marxismo-leninismo e que a actividade mediática de Duque, Fernandes e Cintra Torres, verdadeiros comissários políticos da oposição à direita dos governos PS anteriores, se esgotou, nos últimos anos, em demasiadas e demasiado primárias acções de propaganda. 

Nota: continuo a afirmar que, por princípio, nada tenho contra a privatização da RTP. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Da Ducal comissão, como num post anterior foi comentado, nada de bom (no sentido de isenção, rigor e qualidade de análise) seria de esperar. O Ducal presidente entende tanto de comunicação social, como eu da actividade sexual dos escaravelhos. Para além de "umas postas de pescada" que é useiro em mandar nos programas de tv onde tem assinatura como comentador, mais nada se lhe conhece de conhecimento nesta área.

Mas há uma coisa que me parece óbvia, nos dias actuais com os meios e a tecnologia que existe, a RTP não faz falta a ninguém. O que é serviço publico ? Algumas privadas fazem-no bem melhor que a RTP. Sem sombra de dúvida... há que estancar o sorvedouro de dinheiros publicos daquele "elefante branco", e dos salários obscenos (para não dizer outra coisa) de muitos incompetentes que por lá pululam.

Cumprimentos

JC disse...

Conforme tenho dito, nada tenho de fundamental contra a privatização da RTP; neste momento o serviço público pode ser exercido s/ problemas de outro ou outros modos. Como tb não me repugnaria pagar, desde que dentro do razoável, para ter um canal do Estado de verdadeiro serviço público: a democracia custa dinheiro. Mas não pago para ouvir ou ler os dislates proto-totalitários de Duque, Torres, Fernandes e Cia.