Gosto de gravatas, "prontos". Ao longo da vida a minha profissão sempre me "obrigou" a usá-las, o que fazia com gosto. Hoje, afastado da vida das empresas, uso-as menos e, por vezes, arranjo pretexto para pôr uma, mesmo se podia passar sem tal. Devo dizer, tenho bastantes. Para aí umas oitenta, talvez. De seda e de lã. Regimentais, de cornucópias, às pintas (como as pessoas distintas) e às bolas (como os tipos estarolas). Com motivos de caça. Lisas, de malha. De clubes. Da Drake's, da Michelson's e etc, mas também muitas de origens não tão nobres. Compradas em Portugal e em muitos outros pontos do mundo. Tenho também daqueles úteis estojos para as transportar em viagem. E também gosto de usar suspensórios, presos em botões adequados nas calças, e lenço de bolso. E pronto, não gosto de gravatas Hermès, sorte a minha com o que poupei.
Perguntam-me-ão neste ponto para que serve este arrazoado? Apenas para concluir que tenho uma sorte danada em não trabalhar com a ministra Cristas. Teria que me revoltar e dizer "alto e bom som": "quero ir de gravata, porra!
Nota: já agora, será que a ministra Cristas acha que os funcionários do ministério sem gravata ficam todos parecidos com Paulo Portas ou Nuno Melo em traje idêntico? Quando começarem a aparecer de camisas aos quadrados, "polos" às riscas e sapatinho "Portside" quero ver o resultado. Senhora ministra Cristas: e se começasse a pensar em fazer alguma coisa de útil? Olhe que o país bem precisa.
6 comentários:
A admirável leveza do ser...
Uma vantagem: esta não enganava.
Excelente post.
Nem mais...
Ou adaptando "Sem gravatas e bolos se enganam os tolos"
Cumprimentos
Pois, até sei que foi mtº boa aluna de Direito é a consideram bastante inteligente. Mas alguém sem experiência nas áreas que tutela nunca deveria começar por este tipo de medidas mais ou menos gratuitas: "cheira" imediatamente a atitude de principiante inexperiente.
1. Pelo que eu sei ela não proibiu o uso da gravata
Serà assim tão frivolo tentar diminuir o consumo energético
E serà uma medida gratuita se esse teste for efectuado no Ministério que tutela o Ambiente
2. Sempre ouvi dizer "quem não tem dinheiro não tem vicios" e "o exemplo vem de cima", pelo que não me escandaliza tal medida, pois o pais tem que afastar a febre consumista que o caracteriza.
Não questiono a inteligência da senhora. talvez a sua inexperiência. Conheço casos de jovens inteligentes, que devido à sua arrogância, falta de humildade e naturalmente de experiência colocaram (em virtude dos lugares de responsabilidade que ocuparam) empresas de prestigio e lucrativas em situações dificeis e de pré-falência. Esta medida e sobretudo o mediatismo intencionalmente desencadeado apenas me levam a concluir que para além de muita parra e pouca uva há uma necessidade, quiça excessiva, de protagonismo. Certamente que existirão problemas muito mais importantes e urgentes a resolver num ministério daquela dimensão. A medida até podeira ser "interessante" se apenas localizada e sem qualquer protagonismo.
Cumprimentos
Caro gps: faço minhas as palavras do anónimo das 9.18h, que acho completam bem o que escrevi no "post" onde tentei fundamentalmente ser irónico.
Cumprimentos
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