Quando o primeiro governo de José Sócrates tomou posse pediu a uma entidade credível e independente (o Banco de Portugal) para efectuar um cálculo do "déficit" público que transitava do governo de Pedro Santana Lopes. Claro que essa avaliação foi feita do modo que mais convinha ao governo do PS, projectando um "déficit" anual caso nenhuma medida para o seu controlo fosse entretanto tomada, mas de qualquer modo tal metodologia não foi escondida e os números, assim avaliados, foram tornados públicos.
Agora, depois de uma combinação espúria entre os números reais do primeiro trimestre e os orçamentados para o total do ano, que prova coisa nenhuma, Pedro Passos Coelho falou numa "derrapagem" justificativa do imposto extraordinário. Ontem veio falar de "desvio colossal". Seria bom que, de uma vez por todas, quem de direito (INE) avalizasse e quantificasse, ou não, tais afirmações, para que todos pudéssemos avaliar com mais rigor do trabalho deste e do anterior governo. Até lá, estas afirmações valem o que valem: coisa nenhuma em termos de análise financeira e muito pouco, por canhestras, em termos de propaganda política.
2 comentários:
Eo debate, caro JC, nem uma palavra?!..
O Seguro/Assis? Fui comentando no Twitter, em directo. O que poderia dizer agora já toda a gente disse: Assis tem bem maior densidade política mas pior imagem e, digo eu, algo de Paulo Rangel. Seguro é um zero político. Ou mostra ser. Francamente, não dei grande importância.
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