Algo que o “negócio” João Moutinho vem relançar é o modo como muitos jogadores profissionais com contratos de médio/longo-prazo com um clube, contratos esses assinados de livre vontade e que, normalmente, são considerados positivos para ambas as partes quando da sua assinatura, forçam a respectiva ruptura quando já não lhes interessa cumpri-los. Foi assim – lembro-me – quando Miguel decidiu trocar o “meu” SLB pelo Valência e assim é agora com Moutinho.
Postos perante a hipótese de recuperarem algum do valor investido com o jogador ou de conseguirem realizar uma mais-valia significativa e a alternativa de o atleta ficar sem jogar até ao final da vigência do seu contrato, desvalorizando-se enquanto activo, os clubes têm optado por ceder à chantagem de jogadores e empresários. Se no curto-prazo tal pode parecer decisão sensata, no médio/longo prazo acaba por colocar os clubes numa posição extrema de vulnerabilidade face aos caprichos dos seus atletas e aos cantos de sereia de empresários e rivais.
Se a existência de contratos plurianuais no desporto profissional, mais especificamente no futebol, constitui uma resposta lógica e necessária para a estabilidade de uma relação profissional entre a entidade que contrata e o jogador contratado, para a gestão de um clube, por um lado, e de uma carreira, por outro, colocando ambos ao abrigo de imponderáveis e dos caprichos do curto-prazo, o método da “birra” acaba por colocar em causa o racional que está por detrás desta lógica, tornando-a descartável. Clubes e atletas deverão, pois, tirar daí as devidas conclusões sobre o que efectivamente lhes convém.
Postos perante a hipótese de recuperarem algum do valor investido com o jogador ou de conseguirem realizar uma mais-valia significativa e a alternativa de o atleta ficar sem jogar até ao final da vigência do seu contrato, desvalorizando-se enquanto activo, os clubes têm optado por ceder à chantagem de jogadores e empresários. Se no curto-prazo tal pode parecer decisão sensata, no médio/longo prazo acaba por colocar os clubes numa posição extrema de vulnerabilidade face aos caprichos dos seus atletas e aos cantos de sereia de empresários e rivais.
Se a existência de contratos plurianuais no desporto profissional, mais especificamente no futebol, constitui uma resposta lógica e necessária para a estabilidade de uma relação profissional entre a entidade que contrata e o jogador contratado, para a gestão de um clube, por um lado, e de uma carreira, por outro, colocando ambos ao abrigo de imponderáveis e dos caprichos do curto-prazo, o método da “birra” acaba por colocar em causa o racional que está por detrás desta lógica, tornando-a descartável. Clubes e atletas deverão, pois, tirar daí as devidas conclusões sobre o que efectivamente lhes convém.
4 comentários:
O mundo louco dos mercenários da bola. Desta vez tocou aos lagartos.
Não assim tão louco como alguns querem fazer crer...
Se e verdade que ele e um dos melhores de Portugal deixemos-o provar.
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