sábado, julho 24, 2010

O SLB depois do primeiro jogo "ao vivo"

Sem Di Maria e Coentrão - a ala esquerda da última época, a mais “explosiva” e responsável por 75% do jogo exterior da equipa - e com Gaitán que é outro tipo de jogador, na primeira parte o SLB viu-se remetido a um modelo de jogo diferente do da época passada, “obrigado” a jogar mais em posse e circulação de bola e a abdicar das transições rápidas e da largura de jogo e capacidade de desequilíbrio que essa ala esquerda lhe conferia. O fato parecia não lhe servir e viu-se uma equipa lenta e sem capacidade para abrir espaços na defesa contrária, apenas criando algum (pouco) perigo através dos remates de longe de Carlos Martins. Marcou de bola parada.

A entrada de Coentrão como que lembrou à equipa que o seu modelo de jogo é bem outro, e tal coisa valeu dois golos e outras jogadas a fazerem lembrar a época passada. Aliás, continuo a ser de opinião que Coentrão é o melhor substituto de Di Maria, mas isso coloca vários problemas:
  1. Coentrão é hoje um defesa-esquerdo de categoria internacional e a melhor opção do SLB para o lugar.
  2. Com ele nessa posição a equipa ganha uma maior agressividade e capacidade de recuperação de bola mais à frente.
  3. Adiantá-lo para extremo poderia desvalorizar aquele que é, neste momento, um dos activos mais importantes do clube (foi como defesa que se afirmou internacionalmente).
  4. Por último, o adiantamento de Coentrão colocaria a questão de onde “encaixar” Nicolas Gaitán.

Este parece-me ser o principal problema da equipa, por muito que se fale de Roberto. Por isso mesmo, parece-me ser o jogador de Vila do Conde aquele que o SLB não pode mesmo arriscar-se a perder.

6 comentários:

Anónimo disse...

Nem esse (o Coentrada) nem o Ramirez. De resto...foi (é) um sufoco ver as intervenções do Roberto. O homem não se sabe posicionar. O primeiro golo é aflitivo...(claro que não se lhe podem atribuir culpas)...mas podia fazer bem melhor. Demasiado parado.
O glorioso está muito longe do que foi o ano passado. Esperemos que sejam apenas ajustes de pré-época.
Cumprimentos

Karocha disse...

Mais a porcaria do milhafre JC!
3/2 com o Mónaco?!
E eu sou benfiquista imagine se não o era...

JC disse...

Sobre o Roberto já falei e insisto: existem coisas bem mais importantes a analisar para o futuro da equipa.

Anónimo disse...

Milhafre ? Qual Milhafre, Karocha ?

Anónimo disse...

Caro JC

Pela positiva, as exibições de Airton ( mais um bom trinco ?), Coentrão e Gaitan.

Pela negativa, outra vez Roberto que no primeiro golo se limitou a apontar à bola e com a mão esquerda o caminho para a baliza, não esboçando uma saída a cobrir “a mancha” ( é o que fazem os miúdos no recreio da escola receando rasgar as calças. O Benfica já teve um jogador que não queria sujar os calções. Terá agora também um guarda-redes com este “handicap”?)


Continuo a não enxergar uma explicação lógica ou satisfatória, em termos desportivos ou económicos. O que eu enxergo é o incómodo da abordagem deste problema e a minoração da questão fazendo de conta que é apenas uma parte do todo.
Sem dúvida que é uma parte do todo, mas é por essa parte que entram os golos que não deviam entrar e onde se está a esbanjar o dinheiro que creio não abundar, para quem quer renovar o título e fazer algumas proezas na Champions.

Sobre esta perspectiva económica atente-se ao seguinte:

Roberto é a terceira aquisição mais cara da história do Benfica !;

Roberto custou mais caro do que Peter Cech ao Chelsea.!;

Roberto custou o dobro que o futebol italiano pagou pelo titular indiscutível da selecção nacional, Eduardo, que ainda geraria compensações económicas pela sua presença na selecção.

Roberto nunca agradou ao Atlético de Madrid , razão pela qual o emprestou a outros clubes e agora se livrou dele, em definitivo, relegando-o para o … Benfica.

Muito provavelmente terá o Benfica ter de contratar um outro guarda-redes de maior valia o que lhe pode custar um valor semelhante ( para dançar o tango vão ser precisos quatro?).

Assim sendo as mais-valias geradas por Di Maria podem ser quase anuladas pelas dança dos guarda-redes, sob pena de deixar os adeptos à beira de um ataque de nervos.

Continuo a dizer que sempre seria melhor o Roberto Carlos que, além de falar português, sempre podia por o “Calhambeque” à frente da baliza e dizer “Jesus eu estou aqui”.

JR


PS: Uma palavra especial para o outro clube da segunda circular que, apesar do plantel mais fraco e das discutíveis opções desta época, rubricou uma muito briosa exibição à Barcelona frente ao Manchester City, num esquema que faz lembrar também o da selecção espanhola, o que me leva a pensar que o respectivo treinador vai dar que falar ! Hoje é contra o Totenham e vale a pena ver para crer.

JC disse...

1. Já disse o que tinha a dizer s/ Roberto e não me parece exista algo de novo que me obrigue a voltar ao assunto. Se e quando existir, fá-lo-ei.
2. Não vi os "lagartos", vou fazê-lo hoje a hora mais consentânea. Mas atenção: era a 2ª equipa do City!
Cumprimentos