segunda-feira, julho 05, 2010

Estado e PT: comer o bife duas vezes

Uff!... Vamos lá ver se nos entendemos...

Não está nem nunca esteve em causa o valor estratégico para o país da participação da PT na VIVO. Como também não o está o da EDP e da GALP (ao contrário do que acontece com a TAP, por exemplo). O que, quanto a mim, está em causa é o Estado querer comer o bife duas vezes, ou seja, ter privatizado a(s) empresa (s) e querer agora continuar a decidir sobre ela(s). Se existe um interesse estratégico – e isso parece evidente - , o Estado, quando da respectiva privatização, deveria ter mantido na(s) empresa(s) uma participação suficiente para lhe conceder poder decisório. Ponto final.

12 comentários:

Anónimo disse...

O mundo louco dos mercenários da bola. Mais um mercenário sem escrupulos (até era capitão). Desta vez tocou aos lagartos.

Anónimo disse...

O mundo louco dos mercenários da bola. Mais um mercenário sem escrupulos (até era capitão). Desta vez tocou aos lagartos.

Anónimo disse...

Estes comentários referem-se aos post do Moitinho.

Karocha disse...

Já viu isto JC?

http://infamias-karocha.blogspot.com/

JC disse...

Karocha: Está a referir-se à falta de liquidez, suponho. Sim, claro, nada que não se saiba.

Karocha disse...

Não JC

A quem foi ao meu blog!

Anónimo disse...

Caro JC

Neste momento histórico em que o Mundo se encontra – pelas piores razões - constitui um caso sintomático a circunstância de o país berço do neo-liberalismo, da escola de Chicago de Milton Friedman, estar a NACIONALIZAR bancos e seguradoras.

Também é sintomático que, para se furtar ao ataque da Telefonica - sim, a mesma - a Itália prefira pagar multas em vez de acatar no seu Direito interno normas orientadas a efectivar a livre circulação de capitais.

Ainda mais sintomático é facto da maior aquisição à escala global, por britânicos e espanhóis , do ABN-AMRO, o maior banco holandês, acabar por redundar uma nacionalização holandesa de “bocados” dessa depredação financeira resultante numa fragmentação e falências várias, com prejuízo óbvio para o presumível interesse da economia holandesa , obrigada que foi a "engolir o bife"

Já não falo no caso da alemã Volkswagen, abordado que foi em comentário em “post” anterior e das suas variantes francesas e … espanholas.

Impor-se-á a Portugal a conduta de “bem comportado menino de coro” a estender um tapete vermelho a quem chantajaria os próprios accionistas com esse putativo exemplo de liberalismo económico que constitui ameaçar estes do bloqueio de dividendos, tudo sob a bandeira da livre circulação de capitais elevada a uma supra essência, o Graal, justificadora da redução a zero do interesse estratégico de um Estado auto-condenado à nulidade de Estado exíguo ?

Como sabemos, os accionistas não podiam, razoavelmente, ignorar a existência de uma “golden share” que, entretanto, nunca foi invalidada por algum Tribunal, ou, que se saiba, sequer contestada no passado por aqueles.

Mas o que os accionistas sabem, certezinha, é que o Governo embalou o berço da penetração portuguesa nas telecomunicações brasileiras, a génese da louvável mais-valia que deu vida à VIVO e que agora os “nuestros hermanos”, com a fúria de um toiro Miura, querem apoderar na totalidade.

Concordo com JC quando diz – em comentário no outro post - que esta questão não se reporta à Moral ou Justiça. Ora, justamente, não é imoralidade ou injustiça um bloqueio de “golden share” evitando assim que Espanha "coma sozinha o bife" a troco de um ganho de curto prazo.

Juridicamente é discutível, mas não subsistirão dúvidas que o intervencionismo do Estado na Economia está “on the mood” `à escala global, qual gripal pandemia, o que pode constituir o melhor astrolábio para orientar o interesse de um país que, pasme-se, até foi a primeira potência global que, entre outros feitos, descobriu e pariu o Brasil.

Cumprimentos
JR

Anónimo disse...

Quem é esta Karocha? Que tonteria... Quem acredita?

Karocha disse...

Anónimo

Estão mesmo aflitos não é?
Agora é no blog do JC?

JC disse...

Não leve a mal, mas não comento, Karocha

JC disse...

Como lhe disse em comentário a outro "post", caro JR, não sendo um ultra-liberal, e mais a mais nas actuais circunstâncias que mtº bem cita,reconheço ao Estado o direito a intervir nas áreas consideradas estratégicas e nomeio como o deve fazer: através de uma participação suficiente no seu capital. É o que acontece na CGD, por exemplo, ou aconteceu no caso do BCP.
Cumprimentos

Karocha disse...

Porque haveria de levar a mal JC!