terça-feira, dezembro 11, 2007

O "Arrastão", o "europeísmo" e José Pacheco Pereira

Pergunta a Daniel Oliveira a propósito deste seu post: a sério, Daniel, que v. não se sente mesmo um nadinha incomodado, um frémitozinho ligeiro, que seja, por ver Miguel Portas concordar na substância com a argumentação eurocéptica (só?) de José Pacheco Pereira, o mais inteligente, bem preparado e consequente ideólogo em Portugal da doutrina "neocon" e dos interesses da administração Bush? Nem um bocadinho, mesmo? Sim, eu sei que Sérgio Sousa Pinto e Gomes Cravinho estiveram muito mal – poderiam ter estado melhor, sendo quem são e valendo o que valem? – e quase se poderia dizer que foram escolhidos a dedo pelos defensores do anti-europeísmo mais extremo para que MP e JPP brilhassem, mas essa está longe de ser a questão essencial, não é assim? Voltando ao que afirmei em outro post: estamos aqui perante a versão pós moderna do Pacto Germano-Soviético - salvaguardadas as devidas distâncias, evidentemente – ou face a uma ressureição da teoria do social-fascismo? Como quero ser benevolente, acho que se trata apenas de um “Ensaio Sobre a Cegueira”.

2 comentários:

Anónimo disse...

Algum argumento para lá do estafado das "companhias"? Sente-se bem acompanhado por Durão Barroso e Paulo Portas?

JC disse...

Daniel, tem aí um ponto: não sinto. Espero que v. tb não se sinta com as suas companhias de ocasião. Mas, contrariamente ao que acontece com as suas posições e do "Bloco", genericamente apenas activamente acompanhadas pelo PCP, direita nacionalista e neocons, as minhas posições são partilhadas por muita gente de sectores politicamente bem mais recomendáveis. Para além disso, a minha argumentação sobre as posições do Bloco já tinha sido exposta em post anterior, que linkei. Tb, se procurar no blog, encontrará as minhas posições, em termos gerais e abstractos, s/ as democracias referendárias.
Cumprimentos e obrigado pelo seu comentário.
JC