Wolfgang Amadeus Mozart - Sinfonia Concertante em Mi Bemol Maior para violino, viola e orquestra KV 364 (1ª parte do 2º andamento, "Andante"). Maxim Vengerov (violino), Yuri Bashmet (viola).
Apenas para os não iniciados: afinal o que é isso de uma viola, que não se parece nada com aquilo que entre nós assume normalmente essa designação e acompanha a guitarra portuguesa no fado de Lisboa ou de Coimbra? Bom, digamos que é assim um violino um pouco maior (o tamanho varia um pouco) e com um som mais grave, em rigor uma “quinta”. É também mencionado por vezes como contralto. Contrariamente ao violino, juntamente com o piano o instrumento mais comum como solista, existem muito poucas peças em que a viola assuma um papel relevante e ainda menos aquelas nas quais é solista. Assim de memória, lembro-me de um concerto para viola de Telemann, compositor do período barroco de que particularmente gosto. Se procurarem na net, encontram uma lista de peças para viola solista ou em que a viola tem alguma relevância, mas, como poderão ver, essa lista passa bem ao lado da grande maioria dos compositores mais importantes e conhecidos. Com Mozart, para além da Sinfonia Concertante, a viola assume um papel de alguma importância nos seus seis quintetos de cordas (dois violinos, duas violas e um violoncelo), mesmo assim das suas composições de câmara menos divulgadas e menos frequentemente executadas. Muito menos do que os quartetos, claro.
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