Mesmo que possa não o parecer - mas as semelhanças temáticas e narrativas estão lá, bem visíveis - “Paranoid Park”, de Gus Van Sant, é uma nova abordagem e um segundo “mergulho” no mesmo tema de “Elephant”, em que talvez a escrita de uma carta que se queima substitua o massacre, em que essa comunicação, suscitada por um vislumbre de amizade que não se confunde com companheirismo na prática de skate, num caso, ou de sexo, no outro, o evita. Ou então “Elephant” foi apenas o primeiro capítulo de um, até agora, díptico sobre os jovens na América, ou a América e os jovens. Sensível porque inteligente. Também cinema, claro, e não só pela homenagem na banda sonora a Nino Rota. A uns bons milhares de células cinzentas da alarvidade boçal de um Michael Moore, citado aqui apenas a propósito de duas abordagens tão diferentes a um mesmo tema.
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