A notícia é de hoje do Rádio Clube, mas parece que os agentes da PSP, ou os seus representantes, ficaram um tanto ou quanto amuados por não terem recebido o brinquedo novo prometido pelo Natal, seja, as novas pistolas. Parece que faltam os coldres... e as antigas têm vinte anos.
Em primeiro lugar uma recomendação: espero que ninguém tenha a má ideia de lhes entregar as ditas pistolas sem os respectivos coldres: com elas nos coldres já se sabe quão ligeiro é o dedo dos agentes da PSP para o gatilho fácil, o que faria sem eles. Em segundo lugar, lembrar a PSP que existem polícias, em países da UE mais desenvolvidos e de maior e mais grave criminalidade, que nem sequer andam armadas e não consta que, assim, sejam menos eficazes no combate à criminalidade. Em terceiro lugar, lembrar a PSP que uma boa parte do armamento utilizado pelo exército português durante parte significativa da guerra colonial datava da WWII, o que não o impediu de cumprir com tarefa de que foi incumbido (o facto de essa tarefa ser injusta e votada ao fracasso não foi culpa dele). Por fim, perguntar aos agentes da PSP quantas vezes, efectivamente, se viram obrigados a usar a arma em situações extremas (que são as únicas em que, de facto, devem ser usadas e sob normas bem restritas) e não apenas fazendo fogo na carreira de tiro ou usando-as no dito coldre como elemento dissuasor. Se tudo tiver corrido de acordo com as normas e o bom senso, aposto que muitíssimo poucas.
Triste país, este, em que a restruturação das polícias, tornando-as mais eficazes no combate ao crime organizado, começa pelas pistolas, cedência clara ao negócio e ao lobby corporativo.
Em primeiro lugar uma recomendação: espero que ninguém tenha a má ideia de lhes entregar as ditas pistolas sem os respectivos coldres: com elas nos coldres já se sabe quão ligeiro é o dedo dos agentes da PSP para o gatilho fácil, o que faria sem eles. Em segundo lugar, lembrar a PSP que existem polícias, em países da UE mais desenvolvidos e de maior e mais grave criminalidade, que nem sequer andam armadas e não consta que, assim, sejam menos eficazes no combate à criminalidade. Em terceiro lugar, lembrar a PSP que uma boa parte do armamento utilizado pelo exército português durante parte significativa da guerra colonial datava da WWII, o que não o impediu de cumprir com tarefa de que foi incumbido (o facto de essa tarefa ser injusta e votada ao fracasso não foi culpa dele). Por fim, perguntar aos agentes da PSP quantas vezes, efectivamente, se viram obrigados a usar a arma em situações extremas (que são as únicas em que, de facto, devem ser usadas e sob normas bem restritas) e não apenas fazendo fogo na carreira de tiro ou usando-as no dito coldre como elemento dissuasor. Se tudo tiver corrido de acordo com as normas e o bom senso, aposto que muitíssimo poucas.
Triste país, este, em que a restruturação das polícias, tornando-as mais eficazes no combate ao crime organizado, começa pelas pistolas, cedência clara ao negócio e ao lobby corporativo.
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