Quando uma das equipas “grandes” é eliminada da Taça de Portugal por outra de um escalão inferior, a crítica escuda-se normalmente na questão do “facilitismo”, na "leviandade com que se encarou o jogo", na “falta de respeito pelo adversário”. Compreende-se: no jornalismo desportivo a preguiça mental parece ter feito escola e este tipo de raciocínio dispensa uma análise mais profunda das condições reais e concretas em que o jogo decorreu. Tendo dito isto, vejamos, então, o que se passou ontem com o meu SLB na Póvoa de Varzim.
Em primeiro lugar, o Benfica perdeu o jogo porque nunca ganhou o meio-campo. Na primeira parte a “coisa “ ainda andou “ela por ela” mas na segunda o meio-campo do SLB nunca conseguiu pegar no jogo. Ok, tudo bem, dirão. E porquê? Em primeiro lugar porque sentiu demasiado a falta de Petit e Karagounis, muito mal substituídos por Beto e João Coimbra. Aquele não acertou um passe e contou com a complacência do árbitro para não sair do trabalho mais cedo e este foi ausente (ou quase). Nenhum deles é melhor jogador do que qualquer dos seus pares “poveiros”, antes pelo contrário. Pior ainda, o verdadeiro descalabro originado pela presença em campo de Beto e Coimbra, obrigou a que um jogador com a classe de Katsouranis andasse permanentemente sem saber muito bem o que fazer e quando o fazer, no meio de tanta desafinação, não tendo a mesma influência, decisiva, no jogo da equipa. Ah, e há Rui Costa... Pois, sabe o que anda a fazer e normalmente faz bem, principalmente nas "bolas paradas" e no passe. Mas, sejamos claros, quando o jogo é assim para o “rasgadinho” e o ritmo um pouco acima do habitual, Rui Costa já não tem lá muito vida para aquilo. Foi assim na primeira parte com o Boavista, jogo onde Rui Costa só apareceu na segunda parte quando o ritmo baixou e os espaços foram maiores. Para que este handicap possa ser ultrapassado é necessário que o restante meio-campo compense, faça aquilo que Rui já não pode fazer e também nunca foi o seu forte, o que manifestamente ontem não aconteceu por ausência de Petit e Karagounis com reflexos no trabalho de Katsouranis.
Perdeu também o jogo porque ninguém ainda explicou (ou ele não aprendeu) a Nelson como se joga “à bola”. O lateral não tem cultura táctica, não domina os processos defensivos do jogo - questão essencial na posição - e apresenta um deficiente entendimento das suas funções e um desigual balanceamento entre as acções ofensivas e defensivas. O defeito não é de agora, mas será que ainda ninguém reparou? Ontem, até 80% dos centros, normalmente o seu ponto forte, saíram “para o pinhal” por falta de consistência na execução técnica. É que se quer aprender, basta olhar para o outro lado, onde um Léo, que nem sequer é um jogador de classe mundial (faltam-lhe dez centímetros e uns quilos, mas se os tivesse também não jogaria no Benfica), domina perfeitamente os processos de jogo de um lateral. Mesmo quando não joga bem - e ontem não jogou!
Por fim, Nuno Gomes. É um jogador com a chamada “boa imprensa”, daqueles dos quais se diz que se “movimenta bem”, “abre espaços” e outros epítetos “quejandos” com os quais se tende a desculpar a falta de eficácia goleadora de um avançado. Admito que o faça, mas em um de cada 5 jogos, com alguma boa vontade. Ontem foi um dos quatro jogos em cinco em que não fez: não ganhou uma disputa de bola com a defesa contrária (em 90% dos jogos não o consegue), não fez um remate, um passe ou uma desmarcação. E quanto a golos, a estatística fala por si. Alguém me explica porque, no meio de tantas entradas e saídas, o SLB ainda não conseguiu contratar um ponta de lança razoável desde a saída de Pierre Van Hooijdonk e João Tomás? Como diria o Herman José do “antigamente”: “é como a vida dos pobrezinhos, um mistério”.
Em primeiro lugar, o Benfica perdeu o jogo porque nunca ganhou o meio-campo. Na primeira parte a “coisa “ ainda andou “ela por ela” mas na segunda o meio-campo do SLB nunca conseguiu pegar no jogo. Ok, tudo bem, dirão. E porquê? Em primeiro lugar porque sentiu demasiado a falta de Petit e Karagounis, muito mal substituídos por Beto e João Coimbra. Aquele não acertou um passe e contou com a complacência do árbitro para não sair do trabalho mais cedo e este foi ausente (ou quase). Nenhum deles é melhor jogador do que qualquer dos seus pares “poveiros”, antes pelo contrário. Pior ainda, o verdadeiro descalabro originado pela presença em campo de Beto e Coimbra, obrigou a que um jogador com a classe de Katsouranis andasse permanentemente sem saber muito bem o que fazer e quando o fazer, no meio de tanta desafinação, não tendo a mesma influência, decisiva, no jogo da equipa. Ah, e há Rui Costa... Pois, sabe o que anda a fazer e normalmente faz bem, principalmente nas "bolas paradas" e no passe. Mas, sejamos claros, quando o jogo é assim para o “rasgadinho” e o ritmo um pouco acima do habitual, Rui Costa já não tem lá muito vida para aquilo. Foi assim na primeira parte com o Boavista, jogo onde Rui Costa só apareceu na segunda parte quando o ritmo baixou e os espaços foram maiores. Para que este handicap possa ser ultrapassado é necessário que o restante meio-campo compense, faça aquilo que Rui já não pode fazer e também nunca foi o seu forte, o que manifestamente ontem não aconteceu por ausência de Petit e Karagounis com reflexos no trabalho de Katsouranis.
Perdeu também o jogo porque ninguém ainda explicou (ou ele não aprendeu) a Nelson como se joga “à bola”. O lateral não tem cultura táctica, não domina os processos defensivos do jogo - questão essencial na posição - e apresenta um deficiente entendimento das suas funções e um desigual balanceamento entre as acções ofensivas e defensivas. O defeito não é de agora, mas será que ainda ninguém reparou? Ontem, até 80% dos centros, normalmente o seu ponto forte, saíram “para o pinhal” por falta de consistência na execução técnica. É que se quer aprender, basta olhar para o outro lado, onde um Léo, que nem sequer é um jogador de classe mundial (faltam-lhe dez centímetros e uns quilos, mas se os tivesse também não jogaria no Benfica), domina perfeitamente os processos de jogo de um lateral. Mesmo quando não joga bem - e ontem não jogou!
Por fim, Nuno Gomes. É um jogador com a chamada “boa imprensa”, daqueles dos quais se diz que se “movimenta bem”, “abre espaços” e outros epítetos “quejandos” com os quais se tende a desculpar a falta de eficácia goleadora de um avançado. Admito que o faça, mas em um de cada 5 jogos, com alguma boa vontade. Ontem foi um dos quatro jogos em cinco em que não fez: não ganhou uma disputa de bola com a defesa contrária (em 90% dos jogos não o consegue), não fez um remate, um passe ou uma desmarcação. E quanto a golos, a estatística fala por si. Alguém me explica porque, no meio de tantas entradas e saídas, o SLB ainda não conseguiu contratar um ponta de lança razoável desde a saída de Pierre Van Hooijdonk e João Tomás? Como diria o Herman José do “antigamente”: “é como a vida dos pobrezinhos, um mistério”.
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