O actual Manchester United cada vez mais me faz lembrar aquele outro da minha adolescência, onde pontificavam George Best, Dennis Law e Bobby Charlton, em minha opinião um dos melhores jogadores de todos os tempos. Fiquei a admirá-los à custa do meu “glorioso”, goleado por cinco a um no antigo Estádio da Luz com uma exibição de sonho de George Best pautada pela geometria de Bobby Charlton, que uns anos antes enganara a morte em Munique. Agora foi à custa do também “meu” Tottenham, simpatia começada quando, desta vez já adulto mas com a emoção de uma criança perante um novo brinquedo, transpus, no ínicio dos anos oitenta, pela primeira vez os portões do velho White Hart Lane (ainda antes da remodelação) para ver os “Spurs” ganharem por três a um ao célebre Nottingham Forest de Brian Clough, na altura na ribalta europeia. Foi o meu primeiro jogo de futebol em Inglaterra, e posso dizer que o vício veio para ficar ao ponto de, mais tarde, passando por vezes uma semana inteira a trabalhar na Alemanha, em vez de regressar directo a Lisboa, apanhar o primeiro avião da manhã de sábado de Colónia para Londres (o que me obrigava a levantar antes das seis da manhã) para não perder a minha “febre de sábado á tarde”. Já não o faço, mas o futebol empolgante do Man. United de Cristiano, Rooney e Vidic, mas também de Ryan Giggs e Paul Scholes (dois dos meus heróis injustiçados), agora via TV, aí está para me entusiasmar.
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