Na sua primeira página de hoje, o jornal espanhol “La Rázon” titula em primeira página: “La alta abstención tumba el intento de legalizar el aborto libre en Portugal”. E acrescenta em sub- título: “Venció el “SI” pero lá participación no llegou al 44% lo que invalida el referéndum”. Mais ainda: “Para que el resultado fuera vinculante se necesitaba un minimo del 50% del censo”. Como exemplo de péssimo jornalismo (atenção, José Pacheco Pereira) dificilmente se encontraria melhor num jornal que se pretende “respeitável”. Nem uma palavra, nesta sua 1ª página, sobre as percentagens do “SIM” e do “NÃO” ou sobre o facto de terem votado mais cerca de um milhão de eleitores do que no referendo anterior. Ah, um pequeno pormenor que justifica esta minha citação: o “La Razón” é o porta voz da “Associação das Vítimas do Terrorismo” e dos sectores mais radicais e revanchistas do PP, cujas teses políticas se têm vindo a tornar cada vez mais dominantes desde o 11 de Março. Não é, Helena Matos???
1 comentário:
Bem, estou espantada! É extraordinário o grau de indignidade desse jornalismo!
Como é que se pode fazer tábua rasa de qualquer código deontológico e desinformar com esta desfaçatez?!
Para mim, isto realmente MINA a democracia. Contribue fortemente para coisas como a abstenção. E a abstenção parece-me uma porta aberta para a descrença na democracia e consequente justificação da "desnecessidade" de haver actos eleitorais...
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