Para os mais distraídos: são os patrocinadores da FPF e da selecção que permitem, através das receitas desses patrocínios, que aquela e as suas congéneres da formação se preparem melhor para as competições em que participam; que permitem à FPF contratar melhores equipas técnicas, entre elas uma ex-campeã do mundo; que permitem que as várias selecções alcancem melhores resultados, prestigiando o país; que permitem o fomento do futebol jovem; que permitem oferecer melhores prémios aos jogadores, evitando casos como o de Saltillo; que permitem a melhoria das infraestruturas para a prática do futebol, etc e muitos mais eteceteras. Digamos que sem patrocinadores estaríamos ainda nos tempos da "bola quadrada" e das "balizas às costas".
Mas como não há almoços grátis, existem contrapartidas, e não só directas, nos painéis publicitários colocados por detrás dos jogadores durante as conferências de imprensa ou nas camisolas de treino da selecção: o retorno do patrocínio é tanto maior quanto maior for o número de pessoas que se interesse e acompanhe a equipa e os seus jogos, no fundo, que adira ao evento. Daí toda esta histeria, este ruído infindável, este bruáá, esta lavagem cerebral que ocupa tempo e espaço mediático sem fim quando nada há dizer: fazer crescer e vender o evento, valorizar e tornar o EURO 2012 e a participação da selecção no "acontecimento", angariando cada vez mais gente para o respectivo culto. Mesmo quando o "logo" da marca não está directamente presente, este é o objectivo principal. Ganham os patrocinadores, aumentando o valor do respectivo retorno, e ganham os "media", vendendo espaço e tempo dos seus programas que envolvam o EURO 2012 e a participação da selecção a esses mesmos patrocinadores. Estou mesmo quase a dizer que se trata de uma tempestade perfeita.
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