Embrenhados em questões de natureza económico-financeira tais como taxas de juro, crescimentos do PIB, "déficit" público, dívida, financiamento dos Bancos e "ofícios correlativos", esta afirmação de António José Seguro corre o risco de ter notoriedade efémera e até de parecer deslocada, mas ela é chave para a resolução da crise política (é bem disso que se trata, como Seguro afirma) da UE e é sobre ela que deveríamos centrar a nossa atenção. Se a indispensável e inadiável democratização das estruturas de poder e governo da União Europeia, de que fala Seguro, passa pela eleição directa do Presidente da Comissão, se ele e o seu governo devem sair de um Parlamento Europeu com poderes alargados e efectivos de controle ou se a eleição de uma segunda câmara paritária deve ser também considerada, serão por certo questões a discutir. Mas continuar a entregar a direcção dos destinos da União, com poderes cada vez mais alargados, como agora Van Rompuy vem propor, a gente que não mandatámos, ao bom e velho estilo "despotismo iluminado", só pode dar mau resultado. Como deu até aqui.
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