Acho falta qualquer coisa a "Cosmopolis" para ser o que poderia ser e está quase a ser: um "1984" do capitalismo cibernético/financeiro, científico (como diria o Pedro Adão e Silva) como igual coisa já pretendeu ser o socialismo. Falta também essa mesma qualquer coisa para a criação de uma novilíngua (José Pacheco Pereira tem falado disso a propósito da política actual) reinventada e adaptada a esse "capitalismo científico", tal como chega apenas a existir nada mais do que um piscar de olho ao ambiente apocalíptico da rua de "Strange Days", de Kathryn Bigelow. Cronenberg repete-se? Talvez, também um pouco. Mas no cinema dos tempos que vão correndo...
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