segunda-feira, junho 18, 2012

Gilberto Madaíl, pois, uma questão de justiça


Em Portugal (e não só) existe o vício de avaliarmos as pessoas que exercem cargos públicos demasiado em função de empatias ou simpatias pessoais, e não, como deveria ser, colocando em primeiro lugar os resultados obtidos; em função dos objectivos alcançados e não por termos ou não com elas identificações de carácter, personalidade, imagem, etc. No futebol, terreno por excelência de emoções mas onde os interesses e o valor da imagem estão cada vez mais presentes, isso não escapa à regra e tem vindo mesmo a ocupar espaço cada vez mais importante. No momento em que a selecção portuguesa de futebol já ultrapassou as expectativas no EURO 2012, convém lembrar que Gilberto Madaíl, depois de ter deixado a FPF financeiramente saneada e com o melhor conjunto de resultados de sempre obtidos pela sua principal equipa representativa, ainda teve tempo e discernimento para contratar Paulo Bento, o principal obreiro da qualificação para a fase final da competição e do apuramento para os 1/4 de final. Madaíl nunca seria pessoa das minhas relações próximas, muito menos meu amigo. Mas tal não me impede o elogio e de dizer que é bom que se faça justiça e não se tenha a memória curta.  

2 comentários:

gps disse...

Também foi Gilberto Madaíl quem escolheu António Oliveira (e parece que teve alguma responsabilidade no que se passou no campeonato da Coreia-Japão) e contratou/despediu (de uma forma algo 3º mundista) Carlos Queirós

O maior mérito foi ter apostado no Scolari (após ser campeão do Brasil, o que não era, na altura, fácil de contestar) e ter organizado o Europeu (não sei se foi ele o ideólogo).

As contas da Federação estão equilibradas e os clubes falidos, pois a seleção ficou com o "filet de mignon" (pois a Liga é quem tem que arcar com os custos do futebol)

JC disse...

Mas apesar de António Oliveira, imposto pela Olivedesportos e pelo FCP aos quais a FPF nunca se conseguiria opor, o balanço é globalmente mtº positivo. E discordo do que diz sobre o despedimento de Queiroz: a FPF tentou fazê-lo com o menor custo possível para si e Queiroz tb não merecia tratamento de outro tipo.E, já agora, à FPF compete-lhe o fomento do futebol e não a gestão do futebol profissional, que é da responsabilidade da indústria, ou seja, da LPFP.
Cumprimentos