Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Lembram-se do caso McCann?
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Onde a propósito do caso Freeport se recordam Timor, Paulo Pedroso e o casal McCann
Há alguns anos (tudo parece ter-se passado já há muito), o país parou por uma antiga colónia, sem um povo, língua ou cultura próprias excepto aquelas que o colonizador católico tinha legado a uma pequena elite, a que não faltaram algumas vagas noções políticas aprendidas nas universidades europeias, tudo muito de acordo com o “ar do tempo”. Os "media" construíram rapidamente heróis - como só nas histórias de cavalaria existem - e esse jovem quase-país rapidamente conseguiu atingir os seus objectivos, aqueles a que se propunha. Não valerá muito a pena falar sobre o destino de tais heróis e de tal povo e jovem país, não muito diferente de muitos outros jovens países que nós, europeus, contribuímos para criar e sustentamos. Quaisquer notícias que de lá cheguem – e por vezes até conseguem ir chegando algumas – pouco mais merecem do que um encolher de ombros resignado e, dos "media", um lugar de pequeno destaque, que só não o será menor por razões de memória e para provarmos a nós próprios quanto as emoções combinam mal com a política.
Uns anos mais tarde, um juiz com aversão a “dress codes” apropriados à função, qual ar de boxeur saído do ginásio, Belarmino aprés la lettre, entrou com ar triunfante naquela que deveria ser – e eu acredito que seja – a casa da democracia e levou consigo um deputado acusado de um crime hediondo, daqueles que a actual civilização mais veementemente condena. Preso e enxovalhado por muitos “media”, pelo “povo da SIC”, foi uns meses mais tarde libertado sem sequer lhe ter sido deduzida qualquer acusação, exigindo indemnização a quem foi mandatário da sua prisão e enxovalho. Sendo meu vizinho, por vezes cruzo-me com ele e família, sempre pensando que pensará ele de mim e de todos os outros, nossos concidadãos. Quais e quantos destes, com que na rua se cruza, o terão invectivado, deverá interrogar-se?
Em Maio de 2007 um frémito de comoção quase fez parar o país por uma criança. Por uns jovens pais despedaçados. Todos corremos a proteger melhor os nossos e a duvidar do vizinho. Semanas mais tarde, aqueles por quem muitos de nós chorámos passaram a ser considerados suspeitos; assobiados na rua; julgados pelo “povo da SIC”, em directo e ao vivo. As “provas” apresentadas nos “media”; detalhes, considerados escabrosos, da sua vida sexual e privada sugeridos mediaticamente, em público; ambos apresentados ao mundo como era uso e costume nas freak parades de antanho. Ficou uma investigação incompetente, um nojo de xenofobia, uma criança por encontrar e criminosos por julgar. Uma família para sempre sob suspeita. Um inspector que, tal como o “macaco de rabo cortado”, de polícia se fez escritor, de escritor se fez arguido, de arguido se quis fazer político só não se sabendo se, seguindo os passos do seu inspirador, ta-ran-tan-tan se vai embora para Angola (onde estes pormenores por certo pouca relevância terão, acrescento).
Perguntarão... “mas que tem isto a ver com José Sócrates e com o caso Freeport"? Apenas um pequeno aviso, um avivar de memórias, caso seja necessário.
domingo, janeiro 11, 2009
De ex-inspector incompetente e futuro autarca
Não é conhecida ou reconhecida ao ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral qualquer experiência ou militância política relevante. Aliás, ele próprio o reconhece. Da sua experiência profissional conhecida do grande público sobra a incompetência revelada no “caso McCann” e o facto de estar a contas com a justiça pelo seu alegado comportamento desrespeitador dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, dos fundamentos do estado democrático, no “caso Joana”. Em ambos e no conteúdo do livro que publicou, revelou pouca ou nenhuma sensibilidade política e uma atitude populista mais próxima de um qualquer “Jornal do Crime” do que de um lugar de dirigente numa polícia de investigação criminal do século XXI, factos que em nada o recomendariam para ocupar um cargo político de responsabilidade num dos partidos do chamado “arco governamental”. A sua candidatura à presidência da câmara de Olhão, apresentada pelo PSD, é, pois, um péssimo exemplo que é dado ao país, estabelecendo padrões que em nada dignificam os partidos, a política e o poder autárquico - este, já de si, com uma reputação duvidosa. Uma atitude que vale muito mais do que mil palavras.
sábado, agosto 30, 2008
RTP - Serviço Público?
Não, este vómito em forma de “escrita” não é um dos muitos comentários extraídos dos milhares, semelhantes, que têm inundado as caixas respectivas de blogs e jornais on-line nas últimas semanas, e que bem atestam o grau de educação e instrução do “bom povo” português (melhor: a falta dele), e o atraso de um país. Foi publicado no JN de hoje e é da autoria de Barra da Costa, comentador convidado da RTP, Serviço Público de Televisão, para o caso McCann e que chegou a afirmar como factor relevante para este mesmo caso a condição de swingers de Kate e Gerry McCann. Dois pedidos à dita RTP: para a próxima, vejam lá como escolhem os comentadores e, entretanto, tratem de pintar a cara de preto. Bem escuro!
domingo, agosto 10, 2008
Hercule Poirot e Gonçalo Amaral
quinta-feira, julho 24, 2008
Inspector Gonçalo Amaral: um exemplo de empreendorismo!
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
PJ: "a melhor polícia de investigação criminal do mundo"
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Novamente Moita Flores e o caso McCann
No “Causa Nossa”, Ana Gomes interroga-se, e bem, se face ás últimas declarações do Director Nacional da PJ sobre o caso McCann e o impasse a que aparentemente a investigação chegou Moita Flores continuaria a ser convidado pela SIC para comentar este e outros casos de justiça. Há, no entanto, que ir um pouco mais longe, já que o caso Moita Flores apresenta algumas especificidades que bem o individualizam face a outros comentaristas e outras estações de televisão onde o desvario também andou tanto ou mais à rédea solta, tendo mesmo chegado a ser invocada a alegada condição de “swingers” dos McCann para tentar provar sabe-se lá o quê.
O problema fundamental com Moita Flores é que não sabemos bem se, ao ser convidado para comentar esse tipo de casos, a SIC o está a fazer em função da sua expertise na matéria ou, em última análise, apenas para promover uma das estrelas da estação e os programas de que é autor, comportando-se Moita Flores, nos seus comentários, fundamentalmente em função desse mesmo objectivo. Mais ainda, se o “pacote promocional” não incluirá também o autarca Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém à qual concorreu pelo partido do qual Francisco Pinto Balsemão – e apesar da reconhecida independência deste - é militante número um.
Uma “confusão”, não é?
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Sugestão de presentes de Natal para a PJ
sexta-feira, outubro 05, 2007
"Madeleine McCann e o Caso do Polícia Falador"
- Infelizmente para todos, e por via do chamado “caso Joana”, os antecedentes recentes da PJ de Portimão e do inspector Gonçalo Amaral estão longe da reputação inatacável.
- Desde o seu início, desde a própria noite do desaparecimento de Madeleine McCann (não será necessário adiantar as razões: são de todos bem conhecidas) que o caso continha em si todos os ingredientes para se tornar de resolução difícil, mediático (pior, feito à medida dos tablóides ingleses) e com repercussões internacionais. Requereria, pois, o maior bom senso, sobriedade e rigor no seu tratamento por parte da PJ, seja, colaboração imediata da polícia britânica, com meios mais sofisticados e actualizados e larga experiência em casos semelhantes (basta ver com regularidade a Sky News e acompanhar algumas séries policiais inglesas que, ficção à parte, acabam por reflectir o que se passa na sociedade), preservação do local do crime, não subalternização de nenhuma hipótese ou potencial suspeito credíveis e, uma vez que estamos a falar de cidadãos de um outro país, com hábitos e cultura diferentes, e de um caso que envolve algo de sentimentalmente doloroso como o desaparecimento de uma criança, algum pudor nos comportamentos do “dia a dia” que, por exemplo, evitasse o triste espectáculo dos prolongados almoços com vinho e whisky que caíram como “sopa no mel” na voracidade dos tablóides ingleses - e não só.
- Como se sabe, a PJ de Portimão não só não actuou neste registo como, desde o princípio e através de comentadores ex-inspectores e outros Flores, nos tentou vender a tese da “cabala” e da conspiração, das pressões neste ou naquele sentido (não será tempo de os portugueses se convencerem, de uma vez por todas, que as ditas pressões fazem parte da nossa vida e saber trabalhar e decidir sob pressão é normalmente o que distingue os muito bons dos restantes?) que, normalmente, existam ou não, não são mais do que manifestação de impotência e capitulação face à resolução do projecto que se tem pela frente. A entrevista de Gonçalo Amaral foi apenas o último episódio dessa impotência.
- Também foi visível, durante todo o processo e com maior evidência quando elas pareciam tornar-se mais necessárias, a avareza com que governo, director da PJ e quem de direito prodigalizaram declarações de confiança e apoio à PJ de Portimão, seja por falta de confiança no seu trabalho ou por quaisquer outras razões. Para a opinião pública, a partir de determinado momento isso passou a ser um dado do problema; os operacionais da PJ ter-se-ão apercebido disso, por certo, bem mais cedo. Não me parece que tenham tido isso em atenção, e se o tiveram actuaram como não deviam.
- Independentemente da natureza do crime e de quem o cometeu, o que não vem agora ao caso, para a PJ de Portimão e para o inspector Amaral, por culpa própria, o caso só poderia acabar assim: uma vergonha e um enxovalho. Um atestado de incompetência.
terça-feira, setembro 18, 2007
O profissionalismo dos McCann e o "lado de cá"
Culpados ou não se verá (?), e esperemos a justiça seja capaz de o determinar sem qualquer ponta de dúvida. Mas algo se pode dizer desde já com toda a justiça e com uma grande chapelada: o enorme profissionalismo da defesa dos McCann, que actua com a precisão de um relógio e mexe as suas pedras com o rigor de um grande mestre do xadrez. Tudo acontece como e quando deve acontecer: o regresso a Inglaterra; o perfil dos advogados contratados; a mudança dos assessores de comunicação e o seu perfil e antecedentes; as notícias, nada inocentes, saídas nos media, mesmo nos portugueses - sendo escolhidos os mais “sérios” como o “Público” -, sobre casos anteriores e semelhantes em que se provaram erros judiciais; o surgimento de peritos altamente qualificados na área cientifica e, por fim, o foco no grande telhado de vidro da PJ que constitui o “Caso Joana”. E, claro, simultaneamente com tudo isto e em pano de fundo, a normal cooperação entre polícias, actuando a inglesa na sombra com o silêncio dos inocentes.
Todo um rigor e profissionalismo que me parece, por contraste, começar a abrir algumas brechas na coesão do lado da investigação, que durante alguns dias viveu e se alimentou de uma “fuga para a frente” talvez não inteiramente consistente em função dos dados recolhidos e parecendo eventualmente reversível: recusa do Conselho Superior da Magistratura a divulgar elementos sobre o caso; indecisões sobre futuras audições e recusa do juiz de instrução à sua audição em Portugal; demissão ou afastamento de Olegário Sousa; hipóteses fantasiosas sobre o destino do corpo(?) e afirmações ridículas e irrelevantes para o caso, sopradas para os media, sobre a personalidade de Kate McCann, o seu perfil psicológico e o relacionamento com os filhos.
Gostaria de ter a certeza que os responsáveis pela investigação têm a perfeita noção dos terrenos que pisam e do que está em jogo. Infelizmente, em função do que vejo e dos antecedentes, estou longe de ter essa mesma certeza. Esperemos, pelo menos, que a televisão do Serviço Público não volte a cair na armadilha Barra da Costa, seja ela qual for ou chame-se como se chamar. É que é o mínimo...
segunda-feira, setembro 10, 2007
Vamos avaliar a PJ?
Bom, de qualquer modo, tendo dito isto e sabendo que, no fim do dia, a avaliação última tem necessariamente que ver com a resolução dos casos que investiga, penso seria este o momento indicado para algum escrutínio mediático sobre a nossa polícia de investigação criminal, centrado em questões muito simples que nos permitissem lançar alguma luz sobre a sua efectiva excelência. Por exemplo, como são recrutados os seus membros? Qual a sua origem, formação de base e posterior evolução? Que cursos frequentam? Como é feita a formação interna? Existem protocolos com polícias estrangeiras para frequência de estágios, cursos de formação, troca de experiências (case studies), actualização, etc? Existem procedimentos institucionalizados de avaliação permanente dos seus membros? Como progridem nas suas carreiras? Como comparam as suas estruturas orgânicas e de funcionamento com as suas congéneres da UE? Com que frequência são efectuadas auditorias e avaliações externas?
Fiquemo-nos por aqui... Senhores jornalistas e “meios” de referência, alguém aceita o repto?
sexta-feira, agosto 24, 2007
Breaking News: Moita Flores "resolve" o "Caso McCann"
Conclusão (como nas telenovelas, à escolha dos prezados leitores):
- A PJ não sabe o que fazer e o que concluir (isto é, não tem solução para o caso e não pode bater na Srª McCann, nem como uma flor, para obter uma “confissão”, pois ela queixar-se-ia ao Vaticano, ao governo de Gordon Brown, aos meios diplomáticos e ao lobby gay, quer dizer, ao “Opus Dei”, quer dizer... ai esta memória!) e encarregou Moita Flores (autarca/escritor de telenovelas e ex-inspector da dita), a bem do corporativismo, de começar a arranjar uma desculpa qualquer para safar a “judite” e vendê-la (a desculpa) “urbi et orbi”, como a benção papal. Gosta desta? É que há outra.
- Moita Flores (autarca/escritor de telenovelas e ex-inspector da PJ) está a escrever o guião da nova telenovela da SIC, um policial baseado no caso McCann, mas com uma vaga inspiração no código Da Vinci porque é muito moderno, e a teoria de Moita Flores (autarca/escritor de telenovelas e ex-inspector da PJ), assim exposta em horário nobre da SIC, é apenas um teaser para “aguçar” o apetite dos telespectadores, fixar audiências e "pré-emptar" idêntico projecto da RTP, escrito por José Rodrigues dos Santos e com a filha da Srª Felgueiras “estrelando” no papel de Kate McCann. Boa? É que ainda há outra.
- Moita Flores (autarca/escritor de telenovelas e ex-inspector da PJ) nunca contribui, enquanto polícia, para deslindar caso nenhum (tal como o Inspector Varatojo, mas este era simpático e nunca foi inspector, mas sim contabilista, advogado e apresentador de programas da RTP), dedicando-se, enquanto polícia, a dissertar sobre mirabolantes teorias da conspiração em que mais ninguém acreditava e, invariavelmente, conduziam as investigações ao fracasso. Agora vinga-se, pois, finalmente, isso permitiu-lhe descobrir a sua verdadeira vocação - a de escritor de telenovelas, quando não é autarca ou ex-inspector da PJ - e, assim, conseguir as audiências que sempre lhe faltaram. E como as telenovelas são ficção... pela primeira vez na sua vida é levado a sério e descobre o criminoso! Gostou?
quinta-feira, agosto 09, 2007
Muito para além do Sherlock que está latente em todos nós
Duas causas (pelo menos) se conjugam para que a Polícia Judiciária tente “fechar” o caso Madeleine McCann a curto prazo. A primeira, o facto de não poder arriscar, face à repercussão mediática internacional que o caso gerou, um falhanço nas conclusões da investigação sem que isso tenha consequências no seu prestígio (se é que o tem) e, por arrasto, no do país, sabendo nós quanto isso está por vezes “dependente” de questões bem menos graves - como seja de um resultado desportivo - e qual o peso institucional das corporações (principalmente as policiais) nos orgãos de decisão do país. Basta ver a defesa “acalorada” a que ex-inspectores, ex-membros das polícias, governantes, e etc, se dedicam quando, de algum modo, os corpos policiais são postos em causa ou questionados na sua eficácia, isenção e honestidade. Se se concluir da existência de falhas na investigação, nas “barbas” da Metropolitan Police, ainda pior.
A segunda, o facto, pouco ou nada citado, de uma investigação deste tipo custar dinheiro (muito) e consumir recursos (também muitos), principalmente quando do “outro lado” eles parecem existir em quantidade suficiente para manter a pressão mediática e gerar novos factos susceptíveis de manter a investigação quase eternamente em aberto (“avistamentos”, falsas pistas de ordem vária e por aí fora).
Parecendo estar a descoberta do seu paradeiro, no caso de rapto, cada vez mais longe, é no cenário acima descrito que a morte de Madeleine McCann, mesmo que sem cadáver, encaixa perfeitamente, permitindo fechar o caso. Esperemos que com provas bem sólidas...
domingo, junho 10, 2007
Duas notas preguiçosas de domingo à tarde
- Parece que depois de “andarem aos papéis” (ou aos computadores) no caso Madeleine McCann e de se estenderem em almoços bem regados, os inspectores da PJ do Algarve também já se dedicaram a obter confissões sob tortura. Tal como suspeitava, a nossa “competente polícia de investigação criminal” parece não passar de uma mentira mil vezes repetida.
Segunda nota:
- José Manuel Fernandes (JMF) lamenta hoje no seu jornal (“Público”, para os mais distraídos), que é também aquele do qual sou leitor atento, que o Hamas, partido maioritário no parlamento palestiniano, não manifeste qualquer intenção de reconhecer Israel e que se esteja, actualmente, perante um clima de quase guerra civil nos territórios sob a sua teórica autoridade. Digamos que eu também, o que não ajuda muito. Mesmo nada! Mas... pergunta: não era o desaparecimento físico de Yasser Arafat, e a sua substituição por alguém com o perfil de Mahmoud Abbas, condição tida por necessária, por parte da administração W. Bush e autoridades israelitas (mais JMF, claro!), para uma evolução política positiva que pudesse, no futuro, conduzir à paz na região? Tanta memória curta, meu deus!
sábado, junho 09, 2007
Palavras para quê? São "artistas" portugueses...
Confrontada com estes factos, a PJ desvalorizou a notícia." Ver aqui notícia completa.
Chama-se a isto tocar onde dói mais. E bem gostava de ver, ouvir ou ler agora aqueles normalmente tão pressurosos nas suas atitudes anti-britânicas ou “patrioteiras” (direi apenas xenófobas?) a contestar e contra argumentar. Se, de facto, existe algo facilmente identificável, no dia a dia, a afastar os portugueses da Europa civilizada são as intermináveis horas dedicadas a almoços durante os dias de trabalho, normalmente acompanhadas de vinho e um whisky a seguir, pois claro, mas também não poucas vezes “regando” feijoadas, “choquinhos” com tinta, cozido à portuguesa e outros pratos afins, “está-se mesmo a ver” tão adequados a quem tem pela frente uma tarde de trabalho(?). O pior, o pior ainda, é os portugueses confundirem isto com qualidade de vida – quando se trata apenas, pura e simplesmente, de “alarvice” - desdenhando de quem não perde mais de uma hora com um almoço num dia de trabalho e prefere comer uma boa sanduíche, uma salada e um sumo... Digo eu, que gosto muito de vinho mas o guardo para outras ocasiões...