quinta-feira, agosto 09, 2007

Muito para além do Sherlock que está latente em todos nós

Duas causas (pelo menos) se conjugam para que a Polícia Judiciária tente “fechar” o caso Madeleine McCann a curto prazo. A primeira, o facto de não poder arriscar, face à repercussão mediática internacional que o caso gerou, um falhanço nas conclusões da investigação sem que isso tenha consequências no seu prestígio (se é que o tem) e, por arrasto, no do país, sabendo nós quanto isso está por vezes “dependente” de questões bem menos graves - como seja de um resultado desportivo - e qual o peso institucional das corporações (principalmente as policiais) nos orgãos de decisão do país. Basta ver a defesa “acalorada” a que ex-inspectores, ex-membros das polícias, governantes, e etc, se dedicam quando, de algum modo, os corpos policiais são postos em causa ou questionados na sua eficácia, isenção e honestidade. Se se concluir da existência de falhas na investigação, nas “barbas” da Metropolitan Police, ainda pior.

A segunda, o facto, pouco ou nada citado, de uma investigação deste tipo custar dinheiro (muito) e consumir recursos (também muitos), principalmente quando do “outro lado” eles parecem existir em quantidade suficiente para manter a pressão mediática e gerar novos factos susceptíveis de manter a investigação quase eternamente em aberto (“avistamentos”, falsas pistas de ordem vária e por aí fora).

Parecendo estar a descoberta do seu paradeiro, no caso de rapto, cada vez mais longe, é no cenário acima descrito que a morte de Madeleine McCann, mesmo que sem cadáver, encaixa perfeitamente, permitindo fechar o caso. Esperemos que com provas bem sólidas...

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