Com a actual paralisia do PSD continental, é o governo regional da Madeira que, com o incentivo e beneplácito daquele, assume o verdadeiro papel de oposição ao governo; só assim se compreende o elogio da Marques Mendes ao “Grande Líder” e a sistemática resistência do governo madeirense às leis da República. Alberto João fica, pois, nas suas “sete quintas” e, na conjuntura, isso até dá algum jeito a Marques Mendes. A táctica apresenta contudo dois problemas estratégicos: para além de uma eleição partidária, não é líquido que a “colagem” a Alberto João renda o que quer que seja no continente, muito antes pelo contrário; para além da questão da IVG, onde o coração e a religião mandam sempre mais do que a razão (ou a instituição), dura até o Presidente da República, com uma agenda política própria, decidir que pode assobiar para o lado. E não poderá fazê-lo por muito mais tempo sem correr o risco de subalternizar a instituição que representa.
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