Por muito que isso custe a José Ernesto Cartaxo (CGTP) e à deputada Helena Pinto do “Bloco”, se a reconversão da economia portuguesa se fizer no sentido desejado, isto é, com o fecho dos sectores e empresas menos competitivos e produtores de bens e serviços de menor valor acrescentado, o desemprego nas mulheres tenderá a aumentar mais do que o masculino. Isto não acontece, contudo, por questões discriminatórias ligadas à maternidade e à assistência à família, fundamentalmente, mas sim porque as mulheres estão em maioria nessas empresas e sectores e neles ocupam os lugares menos qualificados e mais precários, fruto, na maioria dos casos, da sua menor qualificação e do carácter complementar tantas vezes atribuído na família ao seu trabalho fora de casa e ao seu salário. Mas caso isso não acontecesse, e tudo ficasse na mesma, teríamos então a CGTP e o “Bloco” a disparar (com razão) contra um modelo económico baseado nos baixos salários e na baixa qualificação da mão-de-obra. Preso por ter cão...
Discriminação? Claro, mas não da forma simplista e muito menos restrita às empresas que Cartaxo e Helena Pinto pretendem reivindicar. É uma questão social bem mais vasta e complexa, que começa bem no cerne da família e tem longa tradição. Mesmo à esquerda e no seio da “vanguarda operária”...
Discriminação? Claro, mas não da forma simplista e muito menos restrita às empresas que Cartaxo e Helena Pinto pretendem reivindicar. É uma questão social bem mais vasta e complexa, que começa bem no cerne da família e tem longa tradição. Mesmo à esquerda e no seio da “vanguarda operária”...
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