As medidas anunciadas por António Costa para o Terreiro de Paço serão certamente boas medidas. Talvez até mesmo consensuais. Demasiado. Veremos como resultam, mas tenho por hábito desconfiar sempre destas medidas populares de “encher o olho”, a maior parte delas limitando-se a ir apenas ao encontro das ideias feitas de “Monsieur tout le monde” do tipo “animação de rua", menos carros, mais esplanadas, hóteis de charme, “bookinistes” e antiquários, e que normalmente se resumem a não mais do que meras operações de charme e propaganda destinadas a “mostrar serviço” e a ganhar o tempo e a simpatia dos “papalvos” – a “épater le bourgeois", já que, tratando-se de uma cidade, a expressão me parece bastante adequada.
Mesmo tendo em conta a situação financeira da Câmara e o pouco tempo e condições precárias do exercício do mandato, espera-se sempre de António Costa, mesmo no curto prazo, algo com maior fôlego e mais substantivo. Mais inteligente e menos “action replay”, mesmo que apenas preparado e planeado. A propósito: será muito difícil acabar rapidamente com as autênticas lixeiras a céu aberto que são os actuais “ecopontos” (???) de superfície? Se sim, e não podendo discordar das propostas de António Costa, isso é bem mais importante do que fazer do Terreiro do Paço um misto de "Antiques Roadshow" e "Querido, Mudei a Casa".
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
quarta-feira, agosto 22, 2007
O Terreiro do Paço e a CML
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