Durante os últimos anos o Benfica adoptou um “modelo” de jogo baseado preferencialmente no contra-ataque, consubstanciado, a maior parte das vezes, num sistema 4x2x3x1. Era um “modelo” de jogo inadequado e contra-natura já que, em 95% dos jogos, uma equipa como o Benfica defrontará adversários que tenderão a privilegiar os modelos ultra defensivos, fechando-se no seu último terço do campo.
Com Fernando Santos algo mudou neste campo, e a equipa adoptou finalmente um “modelo” de ataque continuado, mais consentâneo com os seus objectivos, tendo como sistema preferencial o 4x4x2 em “losango”. O Benfica jogava, assim, sem “alas” de raiz, sendo esse papel distribuído a dois laterais “atacantes” e a Simão, Karagounis e Miccoli, que por lá “apareciam”. Digamos que com algum sucesso se implantou o modelo, já que nos jogos em casa a melhoria dos resultados foi evidente.
Agora, com Camacho, se não deu ainda para vislumbrar o modelo de jogo preferencial, deu pelo menos para perceber que se tornam a privilegiar as alas, não tendo a equipa jogadores com essas características excepção feita a Fábio Coentrão, ainda pouco experiente nestas andanças. Mais ainda, assim sendo seria de toda a lógica dotar a equipa de laterais com vocação defensiva preferencial, mais altos e mais fortes, o que também não existe. Enfim, uma confusão!
Culpa de Santos? De Camacho? Ou de uma gestão desportiva catastrófica e delapidadora dos recursos do clube com a, estranha, conivência e passividade da sua massa associativa?
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
domingo, agosto 26, 2007
Os "modelos" de jogo do Benfica
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1 comentário:
Tivemos D. Sebastião, o Quinto-Império, o Milagre de Fátima e temos o Benfica.
Somos assim. Não adianta procurar explicações!
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