Duas afirmações, ambas muito simples e óbvias, de Fernando Ulrich valeram o sacrifício de ter assistido a uma boa parte do “Prós & Contras” de ontem:
- “Que não se pode fazer tudo bem ao mesmo tempo”, sendo portanto tempo de, na área financeira, o ministro respectivo e o governo se concentrarem sobretudo no cumprimento das metas estabelecidas para o “déficit” público. Claro, acrescento eu, que com as medidas o menos injustas e penalizadoras em termos sociais e económicos, mas, e utilizando uma expressão do próprio Teixeira dos Santos, “fazendo tudo o que for necessário”. Pois é tempo de passar das palavras aos actos, caro ministro.
- “Que é incompreensível querer negociar o orçamento com a oposição sem antes o governo apresentar a sua proposta de orçamento como base de discussão.” Sem dúvida: devia o governo apresentá-la à Assembleia da República, disponibilizá-la para consulta dos cidadãos e a partir daí negociar um acordo com os partidos da oposição, modificando essa sua proposta onde fosse possível e necessário para chegar ao desejável acordo. Ou, no caso de não ser possível um acordo, os cidadãos ficarem na posse dos elementos necessários para entender porque teriam sido inultrapassáveis as diferenças e, assim, julgarem das razões de tal desenlace. Tudo seria bem mais claro e esclarecedor.
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