Na sua sobriedade, independência, no seu low profile, no seu rigor histórico, no seu despojamento e no modo como não cede a modas em questões formais, a segunda série de episódios de “A Guerra” (Colonial, de Libertação, do Ultramar), de Joaquim Furtado e da RTP, quase parece deslocada numa cena mediática onde a crítica se transformou em má-língua, a análise em sound byte, o fait divers em notícia de fundo e a parcialidade e o empenhamento politicos tomaram o lugar do jornalismo sério e isento. Um exemplo de profissionalismo, em suma.
Mas sobre ela parece ter caído o pesado silêncio destinado a fazer esquecer rapidamente o que incomoda mas não existe capacidade para enfrentar e, um dia destes, talvez cheguem os epítetos do costume; talvez digam que é demasiado intelectual, que parte de uma posição arrogante, que é demasiado elitista. Demasiado tudo, direi eu, mas para um Portugal “poucochinho”, invejoso, provinciano, inculto e mesquinho.
Parabéns, Joaquim Furtado!
Mas sobre ela parece ter caído o pesado silêncio destinado a fazer esquecer rapidamente o que incomoda mas não existe capacidade para enfrentar e, um dia destes, talvez cheguem os epítetos do costume; talvez digam que é demasiado intelectual, que parte de uma posição arrogante, que é demasiado elitista. Demasiado tudo, direi eu, mas para um Portugal “poucochinho”, invejoso, provinciano, inculto e mesquinho.
Parabéns, Joaquim Furtado!
2 comentários:
"A Guerra" é um dos únicos programa de toda a TV portuguesa que vejo, mesmo que ternine a altas horas. Para quase tudo o resto não tenho paciêcia.
Parabéns, Joaquim Furtado
Boa Páscoa, Aristides!
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