Tenho lido insistentemente que a nomeação de Paulo Rangel como cabeça de lista do PSD para as eleições europeias significa o colocar do foco nas questões de política interna, o terreno que mais convém ao PSD. Certo, e dificilmente se esperaria que acontecesse de outro modo, como seria de espantar que o PS não tentasse que a discussão se fizesse em torno das questões europeias. Federalista e europeísta convicto, que sou, preferiria esta última hipótese, mas reconheço inteira legitimidade a quem, com alguma razão, espera tirar dividendos actuando de outro modo. Penso, no entanto, todos perderemos assim uma oportunidade.
Algo, no entanto, quero acrescentar. Pelo que tenho lido e ouvido das suas intervenções pós-nomeação, o agora candidato europeu Paulo Rangel parece querer transpor para o debate a tradicional retórica e chicana política da Assembleia da República, o seu terreno de eleição. Seria de espantar o não fizesse, potenciando aquele que é reconhecidamente o seu ponto forte. Mas devo também dizer que já não estarei assim tão certo isso lhe traga dividendos eleitorais. Além de que perderemos duas vezes.
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
quinta-feira, abril 16, 2009
O candidato europeu Paulo Castro Rangel e a retórica parlamentar
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