O PSD precisa rapidamente de conjugar numa "ideia-força" que vá ao encontro dos anseios dos eleitores e expresse a personalidade do seu líder, comunicada através de uma “assinatura” única e reconhecível, aquilo que define as suas diferenças face ao PS e ao governo, um pouco à semelhança do que o PS de Guterres conseguiu em 1995 com o slogan “Razão e Coração”, respondendo ao cansaço sentido pelos eleitores face ao sentimento social de “frieza” e ausência de “diálogo” que se tinham tornado, aos olhos da maioria do país, como que a marca fundamental do governo de Cavaco Silva. Independentemente da avaliação que se faça do período de governação guterrista, que aqui não vem ao caso, essa “assinatura” (“Razão e Coração”) não só ia ao encontro do sentimento social que se veio a revelar então dominante depois de dez anos de “cavaquismo”, como condensava em si todo um programa político alternativo: racionalidade de governação, mas incluindo uma vertente humanista e de preocupação com as pessoas, deste modo marcando a diferença face à percepção que eleitorado guardava do período de governação de Cavaco. Uma "ideia-força" que, então, se revelou ganhadora.
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