Há uma coisa que o PS precisa de dizer claramente aos portugueses para evitar "cantos de sereia" como este: que é social e civilizacionalmente bem mais justo manter um imposto como o IRS (que é um imposto progressivo e, como tal, afecta mais quem aufere maiores rendimentos e por isso tem menor impacto no consumo) a um nível elevado do que efectuar cortes nos salários do funcionários públicos, nas pensões, na saúde, na educação e nas transferências sociais, que afectam mais os grupos sociais mais desfavorecidos e onde a chamada "propensão marginal para consumir" é mais próxima da unidade, isto é, em que qualquer acréscimo ou decréscimo de rendimento se reflecte totalmente no consumo. Sem explicar isto muito bem explicado, acaba por ficar prisioneiro da "narrativa" ultraliberal.
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