Podemos pensar o que quisermos desta proposta de lei para "cães e gatos" (eu direi que existe na sua base alguma preocupação lógica e até talvez bem intencionada vertida em forma de lei de modo "canhestro", às "três pancadas" e utilizando os "pés", o que é bem sintoma da incompetência e infantilidade governamentais), exprimirmos o nosso desacordo e argumentação crítica, escarnecermos da ideia, que ela bem se presta à imaginação dos nossos humoristas, mas há um argumento que, pelo menos vindo da parte dos que se situam à esquerda ou no campo do liberalismo, não é lícito nem honesto ser usado: de que o assunto não é prioritário na actual situação do país. É que, não só por este raciocínio apenas se discutiria e legislava sob a pressão das circunstâncias e sem atender aos interesses das minorias, como este foi e sempre será um dos principais argumentos utilizados pelo conservadorismo mais tacanho para inviabilizar a discussão dos chamados temas de "costumes" (impropriamente chamados de "fracturantes"). Tendo dito isto, pois que se passe a uma discussão séria sobre cães, gatos e outros animais de estimação - diria o velho José Vilhena, incluindo as sogras.
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