- Excelente a "frase/teaser" "sou o chefe democrático que a direita sempre quis ter". Penso que à conta dela o "Expresso" terá vendido uns bons exemplares a mais do que o habitual. Uma chapelada ao "Expresso", portanto.
- Nada de especialmente novo no conteúdo: os mecanismos (ao estilo "valeu tudo e até tirar olhos") utilizados pela actual maioria para combater o anterior primeiro-ministro, levar o seu governo a pedir "ajuda" externa e à subsequente demissão têm vindo a ser desmontados pouco a pouco, penso são já bem claros e o próprio José Sócrates já a eles se tinha referido na RTP. Também o livro "Resgatados", de David Dinis e Hugo Filipe Coelho, fazia exaustiva referência às condições internas e externas que levaram ao resgate. Nada de especialmente revelador, portanto (apesar de uma incursão à vol d'oiseau pela filosofia, justificativa dos seus últimos estudos), incluindo quanto ao pensamento político estratégico do entrevistado, o que também não seria sua intenção.
- Já a nível da forma a novidade é total. Temos um José Sócrates íntimo, de certo modo enfadado ou desfasado da política (ele que sempre foi um "animal político"), utilizando uma grande liberdade de linguagem e um tom informal e coloquial que repetiu na sua presença ontem no programa de Herman José e ao quais Clara Ferreira Alves não terá sido alheia, quase se podendo afirmar que se trata de uma entrevista a "quatro mãos". Digamos que estamos perante uma tentativa de "reposicionamento" do anterior primeiro-ministro e o que isso significa e onde pretenderá José Sócrates chegar é caso para estarmos atentos.
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
domingo, outubro 20, 2013
Da entrevista de José Sócrates
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