Hoje em dia, só existem três maneiras de um piloto chegar à Fórmula Um: ou é um génio da condução, coisa que com a tecnologia actual vai contando cada vez menos - e génios também os há muito poucos; ou carrega consigo, com o apoio de um ou vários patrocinadores, uma camioneta cheia de notas, coisa muito pouco provável acontecer com um piloto português, país em crise e onde não existem marcas de dimensão internacional; ou vem de um mercado emergente, coisa que Portugal também não é. Por isso mesmo, podemos ter muita pena de não ver António Félix da Costa na Fórmula Um; chorar lágrimas de Calimero contra a "injustiça" do seu afastamento; ver os patrioteiros do costume "rasgarem as vestes" por mais esta "traição"; mas a vida é o que é e esta, pelas razões apontadas, não me parece actividade onde os portugueses possam conseguir mais do que, aqui e ali, arrastar-se pela cauda do pelotão. "Reset", se fazem favor.
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