Reconheçamo-nos ou não neste governo (e eu não me reconheço) e gostemos ou não de o ver combatido (e eu acho é necessário fazê-lo), temos de concluir que a manifestação de ontem da CGTP, não tendo constituído um passo em frente ou representado uma subida de tom na contestação ao actual "estado de coisas", antes pelo contrário, se terá saldado por um semi-fracasso. Aliás, ao "jogarem as fichas quase todas" no espectáculo que poderia constituir uma passagem a pé pela ponte 25 de Abril, Arménio Carlos e a direcção da CGTP reconheciam à partida as hipóteses de fracasso (ou semi-fracasso) de "mais uma manifestação como as outras" seriam muitas, e a marcação, no local e na hora, de mais uma acção para o dia 1 de Novembro, frente à Assembleia da República, é prova provada de que nem tudo terá corrido pelo melhor dos mundos.
Seria talvez tempo da CGTP concluir, numa situação em que teria tudo a seu favor, que talvez esteja a conduzir o movimento sindical e o seu combate ao "empobrecimento" e ao actual governo a um impasse, um beco do qual não se vislumbra saída possível. Em nome de quê e de quem, isso já serão "outros quinhentos".
Sem comentários:
Enviar um comentário