Passei parte das tardes de ontem e hoje a reler, ao fim de trinta e poucos anos (a minha edição é de 1975), “As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média”, uma interessante e quase esquecida análise de Álvaro Cunhal sobre a crise de 1383-85, cujo livro andava quase perdido por casa de um dos meus filhos desde os seus tempos de liceu (o Natal também serve para estas “recuperações”). Do que li de Cunhal é talvez, em conjunto com “Rumo à Vitória” - que deve ser lido em confronto com a respectiva crítica de Francisco Martins Rodrigues “Luta de Classes ou Unidade de Todos os Portugueses Honrados” -, o seu livro mais interessante.
No primeiro caso estamos perante uma visão heterodoxa, porque marxista-leninista, sobre um dos períodos mais interessantes da História de Portugal e da Europa, que nos aguça o apetite para outras leituras mais profundas e com visões diferentes e divergentes. No segundo caso estamos perante um livro e um texto indispensáveis para compreensão da actuação do PCP e da esquerda radical nos períodos imediatamente anterior e posterior ao 25 de Abril. Não me custa recomendar ambos aos que se interessam por História e por política.
No primeiro caso estamos perante uma visão heterodoxa, porque marxista-leninista, sobre um dos períodos mais interessantes da História de Portugal e da Europa, que nos aguça o apetite para outras leituras mais profundas e com visões diferentes e divergentes. No segundo caso estamos perante um livro e um texto indispensáveis para compreensão da actuação do PCP e da esquerda radical nos períodos imediatamente anterior e posterior ao 25 de Abril. Não me custa recomendar ambos aos que se interessam por História e por política.
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