Diz Daniel Oliveira no seu “Arrastão”: “E porque sei a porrada que levo de cada vez que resolvo malhar em Chavez, Fidel ou (crime dos crimes) em Che Guevara”... Pois é, meu caro Daniel Oliveira, sem querer (?) parece que acertou, esse é de facto um dos dramas da esquerda actual, da era global, pós segunda vaga industrial e pós queda do “muro”: a incapacidade para grande parte dela enfrentar e derrubar os seus mitos, o que se reflecte na sua estratégia e prática políticas, claro. Se acrescentar aos que cita, os actuais sindicatos, agarrados à velha estratégia de “classe contra classe” e saudosos das grandes contratações colectivas ligadas a uma estruturação e organização empresariais que não voltam, e o endeusamento do público versus a demonização do privado (verdade seja dita que a direita faz o contrário...), por questões que nada têm que ver com o serviço público e os cidadãos, o ramalhete e a mitologia ficam quase completos. É pena, porque alguma direita ultra-liberal da "blogosfera", tão contentinha de si própria ao estilo ”vejam como eu sou irreverente e digo coisas tão engraçadas” às vezes bem merecia uma boa “coça”. Dada com inteligência, claro!
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