sexta-feira, outubro 26, 2007

Cinema e Rock & Roll (12)


"Surf Party" de Maury Dexter (1964)

O filme é suficientemente mau, mas serve para ilustrar que também a "surf music" e os "beach parties" chegaram ao cinema. Aqui "Firewater" dos Astronauts, mas o filme conta também com nomes da música popular de fora do "género", como Bobby Vinton, Jackie DeShannon, o que é algo de mais sério (para quem não sabe compôs e interpretou "When You Walk In The Room", sucesso num cover dos Searchers - continuo a preferir a versão de Jackie), e, surpresa das surpresas, Scott Walker.

6 comentários:

VdeAlmeida disse...

Como é que eu nunca vi esse filme? É que dada a minha, por assim dizer, "pancada" pelo Scott Walker, dono da melhor voz dos anos sessenta (espero que o Bill Medley não leia isto), parece-me quase inverosímil.
Saudações

JC disse...

Caro Yardbird:
Mas o Scott (ainda Engel) não canta no filme. Fazia, episodicamente porque o pessoal do grupo variava muito, parte de um grupo instrumental chamado "Routers".
Quanto à voz de Scott Walker, partilho.

VdeAlmeida disse...

Caro JC

Já tinha lido o "tal" post de 1 de Abril. Era tal e qual isso. Remeteu-me para tempos que ainda me emocionam, mas que gosto de revisitar. Não sou saudosista, mas não consigo deixar de ser saudoso, pelo menos de algumas coisas boas.
Claro que o Pedro e o Cândido a seguir, eram "só" a voz do programa.
Dos produtores, conheci ainda que por breves minutos, o Gil. Penso que o irmão também fazia parte do projecto. Pelo menos acompanhava o mano durante a emissão, no RCP.
O Revenge já vinha do Ritmo 64, não como genérico, mas como música que passavam muito, tal como o famigerado Bald Headed Woman, de que falo lá n'Os Dias da Música,sté porque ambas as canções tinham sido gravadas pela mesma altura.
Também ainda me recordo de que a determinada altura, os separadores eram excertos das 4 estações de Vivaldi, o que a princípio parecia um pouco estranho.
Uma das minhas surpresas grandes foi quando eles nomearam a Dangling Conversation, dos Simon & Garfunkel, num ano em que, por exemplo os Beatles, tinham lançado a extraordinária Eleanor Rigby.
E se a nomeação de Strangers in the night 1966) causou muita celeuma, quando, creio que em 69 proclamaram como a pior, a Ballad of John and Yoko, dos Beatles, então a coisa foi ao rubro, porque aí tocaram numa "vaca sagrada" dos indefectíveis. A mim, ao princípio, aquilo custou-me a engolir, mas depois de atentar nos argumentos deles, acabei por dar o braço a torcer.

Um abraço

VdeAlmeida disse...

...em que nomearam como a melhor música do ano a Dangling Conversation...
Faltava este "pormenor"

JC disse...

Acho não foi a "Dangling Conversation" mas "A Hazy Shade Of Winter" do album Bookends. A não ser que tenham sido ambas, já que são de anos diferentes. Mas "A Hazy Shade..." foi de certeza. Tb cometeram alguns disparates, já que houve um ano em que foi "Atlantis" do Donovan. Ouvido hoje, a mtºs anos de distância, é próximo de intragável!
É verdade, o José Gil, irmão do Jorge, tb fazia parte do projecto. O João M. Alexandre morreu num desastre de carro, no Monte Estoril. O Pedro Albergaria, que me emprestava na altura singles do programa para gravar, ainda o encontro por vezes, "por aí".
Abraço

VdeAlmeida disse...

Sim, posso estar equivocado, e do que tenho quase a certeza é de que Simon & Garfunkel não foram contemplados duas vezes.
Quanto ao Atlantis...estamos conversados. Mas o Donovan pelo "Gift from a flower to a garden" bem merecua um prémiozito qualquer