"Duel in the Sun" de King Vidor (1946)
“Duelo ao Sol” (revisto hoje, para aí pela quinta vez, no Hollywood) foi realizado em 1946, ainda eu não existia. Continua a ser um filme admirável, operático a que não falta uma liebestod Wagneriana, em que todos os elementos e impulsos básicos e mais primitivos da vida se conjugam e repelem: o sol, a terra, a vida e a morte, a paixão, a sedução, a vontade e o ódio, o perdão e o fratricídio. É um filme sobre os impulsos, sobre o como as aparências e as palavras servem apenas para mentir sobre o que é mais fundo e emerge como incontrolável. É um filme contra o bom-senso. Também sobre o progresso e o conservadorismo. É isso, essa tanta coisa – e uma Jennifer Jones capaz de transportar um octogenário de volta à sua mais pujante juventude -, que me faz sempre voltar.
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