A ocupação de ministérios por alguns sindicalistas, a subida da escadaria da Assembleia da República por manifestantes das forças de segurança e a tentativa de desfile pela ponte 25 de Abril, organizada pela CGTP, têm todas elas a mesma raiz: a constatação de que mais uma manifestação ou greve como as outras, sem que nada de essencial as distinga, se transformaram em acontecimentos banais, sem grandes resultados práticos ou repercussões mediáticas, e que é pois necessário, também neste campo da luta sindical e das acções de rua, inovar, fazer diferente. Em certa medida, podemos dizer que o recurso a estas novas formas de actuação é consequência da constatação de um fracasso, ou pelo menos do impasse a que conduziram as repetitivas actuações anteriores. Resta saber até onde poderão ir a tentação e/ou a necessidade de fazer diferente, e tendo isto em atenção fácil é concluir que os últimos acontecimentos constituíram um importante aviso ao governo.
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