sexta-feira, novembro 29, 2013

O PS no "Fórum TSF"

  1. Esta manhã, no "Fórum TSF" em que se pretendia analisar o actual papel do PS enquanto oposição, assistiu-se a um corropio de "discos pedidos", desculpem, de chamadas "encomendadas" de militantes do PS defendendo a actuação do seu líder. Eu sei que colocados os ouvintes da rádio perante este tema, a situação seria sempre desvantajosa, entalado que está o PS entre os que o criticam por não ser mais colaborante com o actual governo e os que, dentro e fora do partido, o fazem por ser frouxo enquanto oposição. Mas este tipo de "discos pedidos", repetindo um ladaínha que só tem paralelo, a nível da actual maioria, com a mediocridade de idênticas intervenções das Teresas Leal Coelho e Franciscas Almeidas deste mundo político, apenas acaba por provar aquilo que, à partida, pretenderiam combater: a imagem demasiado fraca e insegura de António José Seguro e a pouca consistência do PS enquanto oposição.
  2. Uma outra nota: por muito que o PS fale das "não sei quantas propostas alternativas apresentadas", no que se assemelha estranhamente ao PCP quando este é acusado de ser um partido apenas de "protesto", dessas, a esmagadora maioria dos portugueses guardará apenas uma - a redução do IVA da restauração - que, a ser implementada, até me parece ser aquela de mais duvidosa justiça e de mais questionável sucesso. Definitivamente, o que os portugueses esperam do PS não é este tipo de propostas, mas a capacidade do partido se apresentar como alternativa global, o que não se constrói somando um determinado número de propostas avulsas, mas construindo uma imagem global que começa no perfil e carisma do seu próprio líder e termina na capacidade do partido afirmar um caminho único e facilmente identificável. Utilizando um "chavão" do "marketing": de os portugueses verem nele um posicionamento único e distinto. 

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