Quando, no final de uma entrevista, um jornalista pergunta ao secretário de Estado da Administração Pública: "se tivesse um grande amigo ou um familiar que quisesse trabalhar na função pública, aconselhava-o a ir?" está à espera que este responda o quê? Que não, que se livre de tal ideia pois está sujeito a ser enxovalhado pelo governo, a que lhe reduzam o ordenado, trabalhe mais horas, etc, etc? Ou está apenas a "dar uma deixa", no dia de uma greve que, na realidade, tem esse mesmo secretário de Estado como alvo, para que este faça o discurso hipócrita da praxe de elogio aos trabalhadores de um sector que, com ou sem razão por parte do governo - deixemos agora isso de lado -, têm visto o seu salário reduzido, o número de horas de trabalho aumentado e, de uma maneira ou de outra, têm sido apontados à sociedade como uns "privilegiados" que "vivem acima das suas possibilidades"? Pior, bem pior do que este hipócrita discurso de Hélder Rosalino é alguém que se intitula jornalista fazer este tipo de perguntas e achar está a cumprir as suas funções.
Sem comentários:
Enviar um comentário