Roberto fez uma grande exibição? O SLB foi nulo de eficácia? A equipa defende muito mal nas bolas paradas? Tudo isso e muito mais, sendo que esse muito mais foram duas exibições deprimentes em Paris e na Luz, contra este mesmo Olympiacos. Mas a minha conclusão fundamental, digamos que a "moral da história", é que um clube cujo sucesso financeiro se baseia num modelo de negócio que depende essencialmente da realização de receitas extraordinárias com a valorização e venda de activos (jogadores), e cujo apuramento para os 1/8 de final da Champions League estará sempre dependente de pequenos pormenores, não pode tomar a decisão de alto risco não vender jogadores pensando que os guarda-redes adversários não realizam grandes exibições, que a equipa, aqui e ali, não possa cometer erros comprometedores e ser menos eficaz na área contrária, que algumas lesões não diminuam a capacidade competitiva da equipa, os árbitros não cometam erros, bem como não aconteçam outros imponderáveis - ou nem tanto como isso - que influenciem os resultados de cada jogo. Na prática, estamos a falar de um jogo, um desporto em que os imponderáveis (ou quase) ditam muitas vezes os resultados quando a superioridade de uma equipa não é esmagadora, o que significa que esses mesmos imponderáveis têm de ser levados em linha de conta quando os clubes tomam decisões que, em função deles, podem tornar os riscos avassaladores. Ora o SLB arriscou onde não podia (ou pelo menos não devia) e agora, na prática fora da Champions League, terá de enfrentar as respectivas consequências desportivas e financeiras.
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