Para termos confirmação plena do que o governo e os seus apoiantes pretendem quando falam da reforma do Estado, basta estar atento às afirmações de hoje de Aguiar Branco e António Barreto: o que se pretende não é uma qualquer reforma ou conjunto de reformas que possa melhorar a eficácia do funcionamento do Estado e dos serviços que presta aos cidadãos; o que se pretende pôr em marcha é um verdadeiro golpe de Estado revolucionário que, como tal, mude radicalmente a natureza e funções do Estado e com elas os actuais equilíbrios da sociedade portuguesa. E como é habitual em situações revolucionárias, vemos pessoas que até aqui tínhamos como moderadas e sensatas perderem completamente a noção da realidade e radicalizarem o seu discurso até extremos julgados impensáveis. De um outro modo, já assisti a isto no pós-25 de Abril.
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